Marielson Silva foi alvo de críticas dos jogadores do América por não marcar pênalti no fim da partida - Foto: Daniel Hott/AméricaCom um jogador a mais durante todo o segundo tempo, o América não conseguia furar o bloqueio defensivo do Goiás. Aos 45 minutos, um lance capital poderia ter dado um final diferente para a partida, mas o árbitro Marielson Alves Silva não marcou pênalti quando a bola bateu na mão do zagueiro Matheus Ferraz dentro da área e, para a ira dos americanos, mandou seguir o lance.Depois do apito final, os jogadores do Coelho foram até a equipe de arbitragem reclamar da não marcação da infração. De acordo com o capitão americano Rafael Lima, Marielson Silva refutou a penalidade máxima argumentando que o lance era interpretativo. O zagueiro alviverde, entretanto, não poupou críticas ao árbitro.

“Dominamos o jogo, com respeito ao Goiás, e tivemos as melhores oportunidades. Infelizmente, no último lance do jogo, o árbitro acabou não dando o pênalti. A meu ver, claríssimo. Na minha opinião foi pênalti claro. Nós não tivemos competência de definir quando tivemos as oportunidades, verdade, mas o lance crucial do jogo, no final, ele não dar o pênalti. Um lance claríssimo. Ele disse que é interpretação. Qual interpretação? Se eu cruzo a bola na área, o outro cabeceia e o cara intercepta com a mão. É o quê? É falta e falta dentro da área é pênalti. Muito simples”, comentou o defensor, que complementou: “Ele tirou nossa vitória.”

Rafael Lima também lembrou que  Marielson Silva também foi o árbitro do duelo entre América e Murici, pela Copa do Brasil. O Coelho foi eliminado da competição nos pênaltis. “Esse cidadão já apitou um jogo nosso pela Copa do Brasil, em Alagoas, contra o Murici, e acabou com o jogo também. Totalmente despreparado”, afirmou.

Enderson Moreira evita maiores reclamações

O técnico Enderson Moreira costuma reclamar bastante da arbitragem, principalmente em lances capitais dos jogos. No entanto, nesta sexta-feira, mesmo vendo 'pênalti claro' no lance, o técnico americano evitou polemizar e contemporizou a atuação da arbitragem em Goiânia.

“Não dá nem pra reclamar de uma coisa que, na minha concepção, foi tão clara. Respeito demais a arbitragem, é muito difícil tomar uma decisão, mas não dá para achar outra coisa que não fosse a penalidade. Nós temos que conviver com esses erros, faz parte, a arbitragem tem tentado se aprimorar. Não é fácil apitar um jogo. É muita reclamação, quase ninguém ajuda os árbitros a apitar. É o banco de reservas, os treinadores, todo mundo enchendo a paciência do cara e, às vezes, é difícil de tomar a decisão. Nesse lance, especificamente, não tem como ter dúvidas”, comentou.