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Adilson explica estratégia para controlar Bahia e vê falta de criação no América

Técnico reforçou defesa para usar os contragolpes fora de casa

Vicente Ribeiro
Adilson Batista apostou em um time forte na marcação, mas viu falta de criação para os contragolpes - Foto: Daniel Hott/Flickr America/Divulgação
Depois de sofrer a primeira derrota no comando do América, no duelo contra o Bahia, por 1 a 0, na noite deste sábado, na Fonte Nova, em Salvador, pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Adilson Batista explicou a mudança no sistema de jogo, começando com três zagueiros. Ele disse que a estratégia era controlar o ímpeto do adversário e usar os contragolpes para surpreender o time da casa. Mas lamentou a falta de êxito, especialmente na criação dos lances. 

Adilson buscou surpreender o Bahia, que tem o ex-americano Enderson Moreira no comando. Pelo fato de o treinador adversário conhecer bem o grupo, o treinador mudou a formação do Coelho, apostando no trio de zagueiros: o estreante Paulão ao lado de Messias e Matheus Ferraz. A tática de proteger a defesa e usar os contraolpes, no entanto, não funcionou. Na visão de Adilson, o problema foi a falta de coordenação das jogadas de ataque. 

“Não fizemos um bom primeiro tempo, tivemos um pouquinho de dificuldade, mas o nosso objetivo era neutralizar as penetrações, a chegada dos volantes, do Vinícius, a bola aérea, que a gente sabia que era muito forte e acabamos sofrendo o gol. No processo de construção, tivemos dificuldade para caprichar na saída. A inversão foi boa, mas não aproveitamos”, analisou o treinador, que vinha de três jogos sem derrota no América – duas vitórias e um empate – e perdeu a sequência positiva.

 

“Temos que enaltecer a dedicação, o empenho, a luta e a entrega.
Tivemos que arriscar no segundo tempo, sofremos o gol e eles tiveram outra oportunidade no finalzinho. O volume foi melhor no segundo tempo, mas pecamos um pouco.Você pode ter marcação forte e espaço para os contra-ataques. Erramos na penúltima bola, na hora de escolher um jogador mais bem colocado. O intuito era ter o controle do jogo para explorar na frente e vencer. Infelizmente, levamos o gol”, explicou o comandante americano.

O lance do gol, marcado por Gilberto, aos 9 do segundo tempo, aproveitando rebote de João Ricardo em cabeçada forte de Tiago, foi assunto na coletiva de Adilson. Ele disse que o Coelho estava ciente do perigo nesse tipo de lance, mas deu o mérito ao zagueiro tricolor que conseguiu subir mais alto e testar a bola, originando a jogada que resultou no triunfo baiano. 

“Foi alertado, trabalhado, mas não podemos tirar o mérito do Tiago. Houve rebote, na corrida teve a penetração. Então, faltou bloqueio”, observou.  “O defensor teve um bom tempo de bola, só que não acompanhamos que vem veio de trás. Isso faz parte do jogo. Tivemos que mexer e conseguimos um volume melhor, mas não criamos para fazer (o gol)”, acrescentou Adilson.

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