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AMÉRICA

América trabalhou com R$ 22 milhões para montar time do acesso à Série A

Clube soube formar elenco qualificado sem complicar as suas finanças

Rafael Arruda
América aliou a montagem de um elenco qualificado a um gasto dentro dos padrões da Série B - Foto: Fernando Almeida/América
O América aliou a montagem de um elenco qualificado a um gasto dentro dos padrões da Série B. Da previsão de R$37,1 milhões em receitas, segundo o orçamento do exercício divulgado em fevereiro de 2020, cerca de R$22,3 milhões (60%) foram reservados ao futebol profissional. Mesmo com a crise financeira que impactou a economia brasileira devido à pandemia de COVID-19, o clube pagou salários de jogadores e funcionários em dia e ainda registrou superávit de R$1,59 milhão de janeiro a setembro.



Um ponto favorável ao Coelho foi a renovação contratual de atletas da boa campanha na Série B de 2019, em que o time ficou em quinto lugar, com 61 pontos - deixou o acesso escapar na última rodada ao perder para o já rebaixado São Bento, por 2 a 1, no Independência. A diretoria manteve os laterais-direitos Leandro Silva e Diego Ferreira, os laterais-esquerdos João Paulo e Sávio, o zagueiro Lucas Kal, os meias Geovane e Felipe Azevedo e o atacante Neto Berola.

No início de 2020, o América buscou jogadores que se firmaram na equipe, casos do zagueiro Eduardo Bauermann (Paraná), do meia Alê (Cuiabá) e dos atacantes Rodolfo (Cuiabá) e Felipe Augusto (Operário). Posteriormente, incorporou ao grupo o goleiro Matheus Cavichioli (Guarani), o lateral-direito Daniel Borges (Mirassol) e o zagueiro Anderson (Bahia). O Coelho contou ainda com o retorno do zagueiro Messias, que estava emprestado ao Rio Ave, de Portugal, e a experiência de atletas ambientados há mais tempo no Lanna Drumond: os volantes Zé Ricardo e Juninho, o meia Matheusinho e o atacante Marcelo Toscano.

Jovens da base como o volante Flávio e o centroavante Vitão tiveram seus momentos de destaque. E o atacante Ademir, que em 2018 chegou a integrar o elenco de aspirantes, transformou-se em um grande ativo com seu estilo de movimentação, arrancada, drible e velocidade - não à toa é chamado de “Fumacinha” pelos companheiros. Com 13 gols em 47 jogos, o camisa 10 cumpriu bem a missão de substituir Matheusinho e entrou no radar de clubes da Série A e do exterior.



Ainda que o balanço de 2020 a ser divulgado no fim de abril mostre um custo superior a R$ 22 milhões no futebol profissional, o América ganhou “gordura” ao faturar R$17,59 milhões com a chegada às semifinais da Copa do Brasil - três vezes mais que os R$ 5,7 milhões projetados. Outra fonte importante de receita foi a venda de Matheusinho ao Beitar, de Israel, por cerca de R$5 milhões, em setembro. Esse dinheiro certamente ajudará a diretoria a cobrir despesas extraordinárias e iniciar o planejamento para 2021 de forma saudável.