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Faltou repertório para marcar? Contra o Guaraní, América fez 58 cruzamentos

Coelho teve mais posse de bola e finalizou cinco vezes mais que o time paraguaio na Libertadores, mas insistiu em jogadas aéreas e não teve sucesso

24/02/2022 17:25
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América fez 58 cruzamentos diante do Guaraní-PAR, pela Copa Libertadores
foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

América fez 58 cruzamentos diante do Guaraní-PAR, pela Copa Libertadores


Faltou repertório para balançar a rede adversária? Nesta quarta-feira (23), no Independência, o América foi superado por 1 a 0 pelo Guaraní, do Paraguai, em jogo de ida da segunda fase da Copa Libertadores. Apesar de ter dominado a posse de bola do início ao fim e finalizado muito mais que o rival, o Coelho encontrou dificuldades para criar chances claras de gol e fez 58 cruzamentos na área dos paraguaios.
 
 

Os dados são do portal FootStats, especializado em estatísticas no futebol. É importante levar em consideração o contexto da partida: na maior parte do tempo, o Guaraní se defendeu em 4-4-2 num bloco baixo, apostando em duas linhas estreitas, bastante próximas à própria área.

O América até buscou alternativas diferentes para chegar ao gol adversário, mas esbarrou na ineficiência. Com um jogo mais fluido pelos lados do campo, os cruzamentos foram a alternativa mais utilizada.

No entanto, os dados de desempenho mostram um aproveitamento ruim. Apenas 12 dos 58 cruzamentos tentados pelo time de Marquinhos Santos encontraram, de fato, um jogador do América. Os números se traduzem num percentual de acerto de 20,6%.
 

América x Guaraní-PAR: fotos da partida pela Copa Libertadores

 

Pouco participativo, o atacante Wellington Paulista se viu 'encurralado' na área, entre os defensores do Guaraní. De cabeça, ele não teve oportunidades de finalização durante o duelo. Muito disso também se deve às boas atuações dos zagueiros Marcos Cáceres, Julio González e Roberto Fernández, que, juntos, somaram 17 cortes.

Paulista, apesar disso, não acredita em falta de efetividade por parte do Coelho. Na visão do centroavante, a equipe criou ocasiões de diferentes formas no confronto pela Libertadores.

"Não acho que seja falta de efetividade. Criamos bastante, não fizemos o gol, que é o principal. Não tivemos uma chance cara a cara com o goleiro. Foi tudo chute de fora da área, bate e rebate, finalizações que pegaram na trave, cruzamentos que os zagueiros tiraram em cima da risca. Efetividade tivemos bastante, pena que não conseguimos fazer o gol", avaliou.
 
 

Para o duelo de volta, no Paraguai, o técnico Marquinhos Santos aposta no trabalho mental com os atletas para reverter a situação e converter as chances criadas em gol. As equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (2), às 19h15, no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção.

"Já trabalhamos isso no vestiário. Os atletas estão conscientes desta postura e são sabedores que tivemos maior volume, maior presença, maior número de finalizações, mas não fomos eficazes. É ter tranquilidade, equilíbrio e trabalhar ainda mais o último terço e as finalizações, para que possamos reverter o número de oportunidades em gols quando jogarmos lá na semana que vem", disse.

Para avançar à terceira fase, o América precisará vencer o Guaraní por dois gols de diferença. Em caso de triunfo por um tento de vantagem, a decisão ocorrerá nos pênaltis.
 

Torcida do América no Independência na estreia do time na Libertadores

 

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