Atlético
None

BOLADAS E BOTINADAS

Galo sem gana

postado em 25/09/2018 09:30 / atualizado em 25/09/2018 08:26


Já vi o Atlético utilizar jogadores apenas operários, não eram craques, não tinham pose de craques, mas tinham aquele espírito que o torcedor exige, tinham gana. Mais que isso, tinham fôlego. Jogavam quarta, domingo, à tarde, à noite, e não reclamavam. Não eram tratados como meninos mimados, não treinavam escondido, não fugiam das entrevistas, mas jogavam muito. Alguns buscados no interior de Minas, outros na base do clube. Mas o que vejo hoje é um Atlético perdido entre formar uma equipe competitiva, com alma, ou dar espaço para jogadores que não entendem o que é jogar no Atlético. Talvez isso passe pelo treinador, pelo diretor de futebol e pela turma que aceita a possibilidade de fazer apenas figuração no Campeonato Brasileiro.

REPETECO
É bom lembrar que no ano passado a história foi a mesma: o Atlético tinha como obrigação se classificar para a Libertadores, ficou ali perto dos primeiros e, na reta de chegada, perdeu o lugar para equipes menos caras. O desenho hoje é o mesmo. O Atlético não mostra consistência, não mostra padrão. Vão dizer que o time foi modificado, mas isso ocorreu com a maioria dos grandes clubes. O que se viu no Rio de Janeiro foi um time que faz o torcedor sentir saudades do Róger Guedes, e sabem por quê? Porque a sua presença significava atrevimento, coragem, força de ataque. Vejo que o Ricardo Oliveira é bom de discurso. Então, que ele tente dialogar com seus colegas de ataque e, principalmente, com a bola.
 
TREINO SECRETO
O Atlético teve a tal semana cheia, não se sabe cheia de quê. Talvez cheia de dúvidas. Porque entrou para o jogo no Maracanã com o time escalado errado. Não, o problema não foi o Tomás. O argentino foi o menos culpado, até porque o Cazares, que entrou em seu lugar, não é nenhum exemplo de aplicação tática ou de competitividade.  O que complicou o time do Larghi foi jogar apenas com um cabeça de área. A teimosia em dizer que a função caberia ao Elias determinou a fragilidade defensiva.

TEM BASE?
Sempre ouvi elogios aos jogadores da base como Bruno Roberto e Alerrandro. Então, por que será que todo mundo recebe chance, todo mundo recebe oportunidades, menos eles? Estivessem no Santos, no Flamengo ou no Corinthians, talvez as chances seriam maiores. Mas aqui a coisa é complicada.
 
COELHO
O América vai a São Paulo, encara um estádio lotado, consegue um bom resultado e há gente reclamando? Ora, o Adilson Batista escalou sua equipe com muita gente na marcação por saber muito bem a diferença técnica entre os dois grupos. Entrou para segurar o adversário e depois acertou nas substituições.

XABU
Parte da mídia paulista dava como certa uma vitória do São paulo sobre o América. Parecia algo assim como tomar pirulito de criança. Em campo a coisa foi diferente. O santo de casa não fez milagre e teve que amargar um empate. Era dia de São Matheusinho....

CADÊ O TITE?
Impossível ver um jogo do Cruzeiro com o Fábio fechando o gol, fazendo defesas fantásticas, sem pensar na injustiça que a CBF comete contra o goleiro do Cruzeiro. Nem vou falar da postura covarde do Taffarel, que não tem argumentos para justificar a ausência do goleiro entre os convocados. Mas a entidade maior do nosso futebol, mesmo combalida, mesmo com ex-dirigentes fugindo, se escondendo e até preso, deveria ter um mínimo de dignidade e cobrar da comissão técnica uma certa ética na lista de convocados.

SASSARICANDO
O time reserva cruzeirense mostrou um pouco mais desta vez. Embora tenha tomado um gol por falha de posicionamento na marcação, soube se recuperar. Teve forças para conseguir a virada e colocou em campo um Sassá que, se tudo correr bem, não poderia voltar em melhor hora. É o tipo do atacante que não tem medo de zagueiro.

VAI FAZER FALTA
Caso o De Arrascaeta fique de fora contra o Palmeiras, será um desfalque importante. E o problema se agrava diante da situação do Thiago Neves, que parece estar também lesionado. Afinal, a criatividade no meio-campo azul depende muito da movimentação deles.

ÍNDIO NÃO QUER ESSE APITO
O árbitro Eduardo Tomás e o bandeirinha Cristhiano Passos aprontaram no jogo entre Internacional e Corinthians. O gol da equipe do Sul foi marcado com quatro jogadores em impedimento. Verdade que o Corinthians é sempre beneficiado pelo erros dos apitadores, mas uma coisa não justifica a outra. E com uma arbitragem desse nível, com que cara a CBF vai reclamar dos árbitros da Conmebol?

Tags: atleticomg americamg cruzeiroec