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COLUNA DO JAECI

Galo perde no Rio e fica mais longe da taça

postado em 24/09/2018 10:00 / atualizado em 24/09/2018 09:01

Bruno Cantini / Atlético

O Atlético foi derrotado pelo Flamengo por 2 a 1, gols de Arão e Paquetá para o rubro-negro, descontando Leo Silva para o alvinegro, ontem, no Maracanã, e ficou mais distante da taça da competição. Ainda se mantém no grupo dos seis primeiros, mas o torcedor queria mais da sua equipe. Mais uma vez, Cazares, que entrou na vaga de Tomás Andrade, sacado ainda no primeiro tempo, foi um fiasco. Ricardo Oliveira, isolado, nem sujou o uniforme. Desse jeito, ficou difícil para o time mineiro aspirar a um resultado melhor. O Atlético não foi aquele time que o torcedor está acostumado a ver no Horto. Ontem, no Maracanã, esteve bem apático, aceitando o resultado e se conformando. Há que se levar em conta que o Galo perdeu jogadores importantes na janela de julho e está se recompondo com a competição em andamento, mas o torcedor esperava um algo mais. Uma superação que acabou não ocorrendo.

Antes de analisar o que foi a partida, gostaria de fazer uma homenagem ao jornalista Marcos de Castro, que me deu a primeira oportunidade na TV Globo do Rio, em 1983, a quem considero um mestre. Ele nos deixou ontem, aos 84 anos. Aos familiares, principalmente meus companheiros Lécio e Emanuel de Castro, seus filhos, meus mais profundos sentimentos. O minuto de silêncio no Maracanã foi uma bela homenagem. Vida que segue. E logo no primeiro minuto o Flamengo fez 1 a 0. Jogada pela esquerda, Emerson foi facilmente driblado e no cruzamento Willian Arão tocou de chapa, fazendo a torcida rubro-negra delirar. O Flamengo era soberano, dominava as ações e chegou a marcar o segundo, com Henrique Dourado, mas ele estava em posição de impedimento e o gol foi muito bem anulado pelo árbitro. A partir daí, o Galo entrou no jogo, criando situações importantes. Porém, não chutava de fora da área, e Diego Alves era um espectador. O Flamengo chegava, mas de forma desorganizada. Victor também não tinha trabalho. E o Galo empatou com Leo Silva, sempre ele, em bela cabeçada, após cobrança de escanteio. Uma das suas maiores virtudes. Subiu no ‘terceiro andar’ e empatou o jogo. Aí, o Galo cresceu e quase marcou o segundo, quando Maidana lançou Chará. Ele, diante de Diego Alves, errou o domínio da bola e permitiu que o goleiro rubro-negro salvasse o gol. Percebendo que o argentino Tomás Andrade comprometia e não fazia o que foi pedido, o técnico Thiago Larghi o sacou e pôs Cazares. O argentino saiu revoltado, questionando o treinador, dando socos no banco de reservas, depois chorando. No vestiário, o ‘bicho deve ter pegado’, mas, no futebol, tudo fica escondido. Eu não entendi a substituição. Larghi treinou Tomás Andrade a semana toda na vaga de Cazares e o tira de campo com 30 minutos de jogo! Isso é coisa de treinador inseguro. O empate em 1 a 1 acabou sendo justo na primeira etapa por aquilo que os dois times fizeram.

Vitória
Veio o segundo tempo e o Flamengo foi pra cima. Só a vitória lhe interessava para se manter entre os ponteiros, ainda mais que Inter e Corinthians empatavam. O Galo não voltou com a mesma disposição, embora também precisasse da vitória para não perder o contato com os líderes. Os goleiros continuavam sem trabalhar, pois o jogo era disputado de uma intermediária à outra. Ricardo Oliveira era peça nula. Entrou com o cabelo engomado e saiu do mesmo jeito. O Flamengo brigava mais pela bola, queria um pouco mais e foi premiado quando Ricardo Oliveira perdeu a bola, o Fla puxou o contra-ataque e Trauco cruzou para Paquetá subir mais que a zaga alvinegra e fazer 2 a 1. Um belo gol. Aí, o Atlético acordou um pouco. Tentou o empate, porém, de forma desorganizada. Bolas e mais bolas levantadas na área, que não deram em nada. Vitinho, que havia entrado no segundo tempo, a contratação mais cara da história do Flamengo, foi substituído. Uma vergonha esse jogador ter custado tão caro para futebol tão ruim.

O time carioca esperava um contra-ataque para matar o jogo, mas não conseguiu. Pecou no último toque. O Galo fez as alterações que o técnico entendeu serem boas. Mas, sinceramente, esse Edinho é brincadeira! O tempo foi passando, e no último lance do jogo Cazares cobrou falta da esquerda, Réver subiu e cabeceou contra o próprio gol. A bola bateu no travessão e o árbitro encerrou a partida. Vitória rubro-negra, que salva o técnico Barbieri e dá força ao Flamengo para o jogo decisivo pela Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Corinthians, no Itaquerão. Ao Galo resta o consolo de saber que os times que estão atrás dele não ameaçam e, pelo menos por enquanto, está com uma vaga garantida na pré-Libertadores de 2018. Porém, o torcedor alvinegro espera mais que isso. Ainda sonha com o título brasileiro.

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