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COLUNA DO JAECI

Cruzeiro favorito. Galo no mítico Horto

Não hesito em dizer que continua sendo o Cruzeiro e, agora, com a vantagem de jogar pelo empate

postado em 20/04/2019 10:00

<i>(Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)</i>


Galo e Raposa fazem a final do Mineiro neste sábado, no Independência. Desde o começo da semana, meus seguidores no Instagram, @jaecicarvalhooficial, leitores da minha coluna do Estado de Minas, seguidores do Blog do Jaeci, ouvintes do meu comentário na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, a rádio de maior audiência do Brasil, que é nacional e não regional, e os que me seguem no youtube.com/JaeciCarvalhoesporte, me perguntam quem é o favorito. Não hesito em dizer que continua sendo o Cruzeiro e, agora, com a vantagem de jogar pelo empate, pois venceu o jogo de ida. Isso, porém, não implica dizer que já é o campeão. Nada disso. Teremos 90 minutos para que o time azul confirme seu favoritismo, ou que o alvinegro mostre que é forte o suficiente para vencer a equipe que está mais bem treinada, mais bem preparada, mais bem estruturada.

O futebol é o único esporte coletivo do planeta em que o time mais fraco pode vencer o mais forte. Neste momento, o Cruzeiro tem mais time, mais banco, mais grupo e mais técnico. É fato. Por isso, seu favoritismo. Quem diz que em clássico não há favorito se baseia no passado, quando tínhamos pelo menos dois grandes jogadores por posição. Hoje, a realidade é bem diferente.

O Galo me surpreendeu positivamente no jogo de ida, no Mineirão. Pelo péssimo futebol apresentado no Paraguai, temi por nova goleada. Porém, bastou um técnico dos juniores para ajeitar a casa, armar o time direitinho, e o alvinegro jogou bem. Escrevi, na segunda-feira, que o resultado mais justo teria sido o empate. Erros do VAR pra lá e pra cá, não vou discutir. Esse é o papel do torcedor, não o meu. Já disse que os árbitros brasileiros são chacotas mundiais. São despreparados, apitando em campo e, agora, atrás das câmeras, comandando o VAR. Uma vergonha! Com um agravante: quem me garante que o cara atrás das câmeras não tem um time e pode até usar isso na hora de decidir? Do ser humano, espero tudo. Tivemos vários erros crassos do árbitro de vídeo no jogo passado. Espero que hoje a coisa seja diferente, e que a lei seja aplicada para o bem do esporte. Ou então vamos acabar com o VAR. Se for para errarem até atrás das câmeras, melhor deixar como sempre foi.

Voltando ao clássico, o Galo tem a vantagem de jogar no Independência, de onde não deveria ter saído na Copa Libertadores, e eu avisei. Está praticamente eliminado por dois motivos: contratou um técnico ultrapassado e ruim, Levir Culpi, e foi jogar no Mineirão. No Horto, o torcedor funga no cangote dos jogadores, os incentiva mais de perto, e existe a mítica de que naquele gramado o Galo conquistou seus dois maiores títulos recentes: Libertadores e Copa do Brasil. Para os mais exaltados, os 2 a 0 diante do Cruzeiro, no Independência, selaram a taça da Copa do Brasil. No jogo de volta, no Mineirão, 1 a 0, gol de Tardelli. E, na Libertadores, o Galo reverteu resultados e teve uma conquista épica.

O eterno e mais vencedor presidente da história do clube, Alexandre Kalil, brigou com a Conmebol até a última hora para decidir com o Olimpia no Horto. Não conseguiu e o jogo foi no Mineirão. Mas a conquista aconteceu no Independência. Entendo quando o presidente Sérgio Sette Câmara quer levar o time ao Mineirão, privilegiando um número maior de torcedores. Porém, as taxas são absurdas. Se analisarmos, na Europa as equipes, em sua maioria, têm estádio com capacidade para 45 mil pagantes.

Mantenho-me firme com a minha convicção de que o Cruzeiro é favorito. Porém, o Galo tem a força da torcida, que é fanática e fantástica, e alguns jogadores que tentam mostrar que não estão acabados para o futebol. Que seja um grande jogo, sem tumultos, sem violência, sem erros da arbitragem. E que se o VAR fizer intervenção, que seja rápido, como na Europa. Demorar 5 minutos para decidir é uma vergonha. Os estaduais são retrógrados, ultrapassados, não revelam ninguém, são deficitários, e ocupam cinco meses do ano. Realmente, tem algo errado. Uma competição que o torcedor não dá a menor importância, exceto pelo clássico, como o de hoje. O torcedor não está preocupado em comemorar título mineiro. Ele quer mesmo é tirar onda com o rival em caso de vitória. Nada além disso. Claro que técnicos e jogadores vão comemorar. Vale taça. Entretanto, uma taça que perdeu seu valor com a evolução do tempo e a criação de competições mais interessantes e rentáveis. Bom jogo, torcedor. Paz, acima de tudo!

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