No pedido, o advogado pede a anulação do processo pois, segundo ele, não foi respeitado o prazo de 48 horas entre a data da publicação da pauta e a sessão de julgamento, previstos no Art. 552 do Código de Processo Civil. Além disso, Dino Miraglia afirma que pediu o adiamento do julgamento pois não estaria fora do Brasil na data marcada. No documento ele cita que “a inobservância do prazo de 48 horas, entre a publicação de pauta e o julgamento sem a presença das partes, acarreta nulidade”.
Nesta quarta-feira, o advogado voltou a dizer que os torcedores devem se entregar. “Eles são inocentes e não querem ficar foragidos. Vamos aguardar apenas a posição do TJMG em relação ao pedido para decidir quando eles se entregarão”, afirma o defensor. O TJMG informou que não consegue confirmar o pedido, pois demora um tempo para ele cair no sistema.
Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado. A Justiça decretou a prisão preventiva do presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, do vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além dos diretores Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar Júnior de Souza Barros, o Avatar, e Mateus Felipe Magalhães, o Tildan, e de mais sete torcedores. Os cinco primeiros chegaram a cumprir prisão preventiva por 30 dias, mas foram libertados em 12 de janeiro.
A Polícia Civil já checou os 11 endereços de integrantes da Galoucura com mandados de prisão expedidos pela Justiça, na terça-feira passada. De acordo com a Delegada Elenice Ferreira, titular da Delegacia de Homicídios Centro-Sul, 11 dos 12 acusados continuam foragidos. Na sexta-feira, um deles foi encontrado já cumprindo pena por outro crime no presídio de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Carlos Eduardo Vieira dos Santos, de 21 anos, já se estava detido desde julho deste ano.