Atletico-MG

Médico do Atlético explica lesão muscular incomum sofrida pelo armador Bernard

Jogador está em tratamento para cuidar de um trauma na panturrilha direita

Luiz Martini

Bernard está em tratamento
Com todo esforço físico do futebol moderno, as lesões musculares costumam ser vilãs dos treinadores na hora de escalar as equipes durante as competições. A nova vítima desse tipo de avaria é o armador atleticano Bernard, que não deve ter condições de encarar o Guarani, às 16h, deste domingo, em Divinópolis, pelo Mineiro. Mas ao contrário da contusão habitual sofrida por grande parte dos jogadores, o meia do Galo se machucou de uma maneira atípica.


“A lesão pode acontecer de duas maneiras: a mais comum é uma lesão muscular por um mecanismo indireto, o que se vê no dia a dia. O jogador faz um movimento de alongamento do músculo, associado a uma contração, e ele acaba sentido aquela ‘famosa’ fisgada. Isso é uma lesão muscular típica”, explica o médico do Alvinegro, Rodrigo Lasmar, que aproveita para diferenciar a situação de Bernard.

“O outro tipo de lesão muscular pode ser causada por um trauma direto, uma pancada. No caso do Bernard foi uma disputa de bola com o Werley e ele sofreu um traumatismo direto, o músculo acaba rompendo algumas fibras por um trauma direto. É um mecanismo menos comum, mas também pode acontecer. Isso foi o que aconteceu no caso do Bernard. Ele está em tratamento para que esse músculo possa se recuperar. Portanto, é uma lesão mais atípica. Ela não responde igual a um estiramento habitual como nós esperamos. Tudo depende de diminuir esse edema para que ele possa começar o trabalho de fortalecimento muscular, para depois voltar ao campo”, afirmou.

O responsável pelo departamento médico não crê que o atleta possa atuar neste fim de semana. “É difícil. Vamos ver como ele vai responder. Temos alguns dias. A lesão pode evoluir bem, mas depende da resposta que ele apresentar”, concluiu.

Caso Romário

Romário criticou corte em 98
Um exemplo clássico de lesão muscular na panturrilha é do ex-atacante Romário. Corriqueiramente, ele costumava interromper uma arrancada e levar a mão ao local. Esse tipo de contusão o afastou da Copa do Mundo de 1998, na França. Na ocasião, ele disse que teria como jogar, mas acabou cortado. Émerson foi convocado em seu lugar. O tipo de trauma apresentado pelo 'Baixinho' é o mais comum entre os jogadores.

Até a classificação do estiramento é diferente nas duas situações. "Lesão de grau um, dois ou três são causadas pelo mecanismo mais comum, de trauma indireto (Bernard). Como se trata de trauma direto, o tempo da recuperação depende apenas da reabilitação da musculatura”, finalizou Lasmar.