Uma vitória com a cara do Atlético. Esta foi a definição de jogadores e também do técnico Cuca, neste domingo, após a virada por 2 a 1, contra o Sport.
O triunfo no Independência saiu apenas aos 46 minutos da etapa final. Cuca valorizou o resultado. “Com disseram, foi com a cara do Atlético. Foi na raça, na vontade... Às vezes, tão bom quanto ganhar na técnica, é ganhar como hoje”, definiu.
Cuca fez a análise de um dos jogos mais difíceis para o Galo até o momento, neste Brasileirão. “Lógico que a gente gostaria de ter feito um jogo melhor, mais tranquilo. Mas não fomos bem, principalmente no primeiro tempo, sem aquele impeto dos jogos em casa. Demos espaço para o Sport, que fez 1 a 0. Tivemos chances na cara, onde não chutamos nem cruzamentos. Isso pesa emocionalmente, o jogador perde a confiança e vem uma cobrança da arquibancada, que é justa. O time ficou nervoso”, disse.
“O Sport vinha bem, com jogadores rápidos e tiveram chances de fazer 2 a 0, que mataria o jogo. A gente continuou batalhando, tentando, para empatar, porque a torcida ia empurrar para a vitória, e automaticamente, você faz o segundo. Não esperava que seria tão tarde como foi”, complementou.
O domingo foi positivo para o Galo. Cuca comemora que, além de raça e competência, o time teve sorte no Independência. “Mas a sorte tem que vir para o nosso lado também, não só para os outros. Hoje teve alma para inverter um placar mesmo não jogando tão bem, e teve sorte também, que estava nos faltando”.
Batalha tática
Na luta contra o rebaixamento, o Sport deu trabalho para o Atlético. “Sport hoje foi inteligente. Não jogou como contra o Grêmio, com três atacantes. Jogou fechadinho com dois rápidos, buscando o contra-ataque”, analisou Cuca.
No segundo tempo, o treinador alvinegro apostou até mesmo em Leonardo Silva no ataque, para furar o bloqueio rubro-negro. “Adiantamos e ele ficou junto do Leonardo na frente. A gente tinha que ganhar o fundo e fazer o cruzamento. Tinha que ter jogador alto na área. O Leonardo Silva ajudou”.
Outro aspecto comentado por Cuca foi a substituição feita no primeiro tempo. Escudero deixou o gramado para Neto Berola entrar. "Tirei Escudero com 30 minutos. Até pedi desculpa no vestiário, porque é um jogador consagrado. Não tirei por deficiência técnica, foi por opção tática. Do jeito que a gente estava envolvido, precisava mexer, com Neto Berola na direita, depois Carlos César, no segundo tempo, também".