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Maluf faz críticas à Conmebol por escolha de estádios para final da Copa Libertadores

Para dirigente, primeiro jogo não deveria acontecer no Estádio Defensores del Chaco

Redação

Diretor Eduardo Maluf (d) informou que Atlético estava ciente de que poderia jogar no Mineirão

O Atlético acatará a decisão da Conmebol e mandará o jogo de volta da decisão da Copa Libertadores, contra o Olimpia, no Mineirão. Nesta terça-feira, em Assunção, no Paraguai, o diretor de futebol Eduardo Maluf disse que o clube não entrará em divergências com a entidade e confirmou o planejamento de contar com público superior a 60 mil pagantes no Gigante da Pampulha, no dia 24 (quarta-feira). Entretanto, ele não poupou críticas à Confederação Sul-Americana, que aprovou o Estádio Defensores del Chaco como palco da primeira partida.


“Vamos acatar a decisão de jogar no Mineirão e convocar a torcida para fazer o papel que ela tem feito tão bem. Queremos contar com mais de 60 mil pessoas na decisão. Mas não podemos deixar de falar que a CBF continua brigando com a Sul-Americana, que tomou decisão errada. Foi apresentado um laudo com capacidade para 40,9 mil lugares (no Defensores del Chaco), mas só foram colocados à venda pouco mais de 32 mil. Nos jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo também são 32 mil. Nós viemos aqui em uma reunião no início do ano e ficou claro no sorteio que o último jogo seria em um estádio com 40 mil lugares”, disse Maluf, em entrevista à Rádio Itatiaia.

Antes do início da Libertadores, representantes dos clubes foram convocados para uma reunião na sede da Conmebol, localizada em Assunção, capital paraguaia. Nessa conversa, o Atlético tomou conhecimento de que teria de jogar no Mineirão caso alcançasse a decisão. “Não vamos brigar com ninguém. Quando entramos na Libertadores, sabíamos que tínhamos para chegar à decisão e estávamos cientes de que ela seria disputada no Mineirão”, confirmou Maluf.

A situação criticada pelo Atlético é o fato de o Olimpia poder jogar no Estádio Defensores del Chaco, que contará com público superior a 33,6 mil pagantes apenas por questões de segurança. O clube não acredita no laudo apresentado pela Associação Paraguaia de Futebol, que coloca a arena com capacidade para receber até 40,9 mil torcedores. “Não podemos deixar passar em branco. A Sul-Americana está apresentando um peso e duas medidas. É lorota esse relatório de 40 mil”, disse o dirigente.

Mesmo sem jogar no Independência, Maluf se mantém tranquilo e foca no objetivo de o Atlético fazer uma grande partida no Mineirão. Nesta terça-feira, inclusive, cerca de 50 torcedores alvinegros fecharam parte da Avenida Olegário Maciel, em frente à sede administrativa do bairro de Lourdes, e pediram para que o jogo fosse realizado no Gigante da Pampulha, que tem capacidade superior a 60 mil espectadores.

“O torcedor ficará alegre. Tinham 20 mil ingressos (no Independência) e agora terão mais de 60 mil (no Mineirão). Os jogadores estão tranquilos e o Cuca sabia da possibilidade de mandar a partida no Mineirão. Vamos fazer uma grande decisão. O Atlético tem que mostrar para o mundo inteiro a força e a torcida que ele tem”, finalizou. No Mineirão, o Atlético espera fazer uma renda recorde de bilheteria e faturar mais de R$ 8 milhões.