Atletico-MG

Cuca e a dedicação máxima pelo título: "Largo a minha vida por isso aqui"

Técnico do Galo destaca responsabilidade na decisão brinca com fama de azarado

Rodrigo Fonseca

Cuca mora na Cidade do Galo. Lá, além dos treinos, estuda os adversários. Analisa os erros e acertos do Atlético. Cuca respira o clube. Tudo isso em busca de um título de expressão, que pode vir nesta quarta-feira, na decisão da Libertadores contra o Olimpia. Para isso, o Galo precisa vencer por três gols de diferença.


“Se Deus quiser, a consagração vai vir quarta-feira. Eu sou quem mais sofro, talvez ali comigo o Kalil (presidente do Atlético). Largo a minha vida por isso aqui, minha família, minhas filhas. Sou quem mais quer isso. Mas tem de ter equilíbrio, tem de manter a concentração, não adianta colocar a emoção na frente da razão, se não você dá um ponta pé no começo do jogo e é expulso.”

A taça da Libertadores será um marco para Cuca e para o Atlético, clube que também persegue uma grande conquista:

“A gente está fazendo parte, se vier a acontecer, de uma mudança de história de um clube. É muito difícil mexer com a paixão. Quando ganho jogo, eu ganho direito de ir jantar fora. Se perder, é só pressão, xingão na cabeça. Você mexe com a emoção. Um cara ajoelhou na minha frente, disse que a vida dele esta na minha mão. Não é um só. É esse título que eles querem. Imagina o peso. Esta campanha mostra um Atlético diferente. Tempo atrás, estava tudo perdido, mas com fé, dedicação, a gente superou isso. Se a gente vencer, será a Libertadores mais dura que já vencida.”

Cuca não deixou de brincar com a fama de azarado: “É o jogo mais importante da história do clube e automaticamente nosso, ou você acha que eu não quero ganhar uma Libertadores para vocês pararem de encher o saco e me chamarem de azarado. É a coisa que mais quero na vida.”