O equilíbrio do time titular passa pela opção de apenas um volante de marcação e pela escalação de Dátolo e Guilherme juntos no meio-campo. O volante Leandro Donizete está novamente à disposição, depois de cumprir suspensão automática na Libertadores, mas a tendência é de que fique no banco de reservas. Levir Culpi, que completa hoje um ano de Galo, acredita que ambos podem dar boa movimentação e qualidade no passe para que a equipe abra uma boa vantagem no jogo de ida. Essa formação com apenas um cão de guarda foi testada pela primeira vez pelo treinador na vitória sobre o Cruzeiro por 3 a 2, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado. A partir daí, ele a repetiu nos jogos contra Flamengo e Corinthians na campanha vitoriosa da Copa do Brasil.
Desde que chegou ao Atlético, em agosto de 2013, Dátolo tem sido o mais versátil jogador do Galo: ele já foi usado como lateral-esquerdo, volante, armador e até como segundo atacante. Nos tempos em que defendia o Boca Juniors, foi orientado pelos treinadores a se adaptar em várias funções e hoje tenta colher os frutos. Ele deixou o Internacional para ter mais chances em Minas e conquistou o objetivo. “O importante é ajudar o grupo, seja em qualquer posição. Há muito o que melhorar, sobretudo no entrosamento com o grupo. Acredito que voltarei ao nível com o tempo”. Neste ano, o argentino ficou fora por mais de um mês devido a uma lesão muscular na coxa direita. Dátolo, de 30 anos, elogia a parceria com Guilherme. “É criativo, habilidoso. É fácil jogar ao lado dele. O Atlético só tem a ganhar.”
No esquema mais ousado, o volante Rafael Carioca terá papel essencial no meio-campo, mas considera que não fica sobrecarregado atuando sozinho na marcação: “É uma função diferente, pelo fato de o Dátolo ser um armador e me ajudar sempre. Quando ele jogou de segundo volante, deu a conta do recado e nos ajudou tanto na marcação como no ataque. Nas vezes que ele atuou mais centralizado, também foi muito útil à equipe, chegando com força na frente”.
FAVORITISMO? Para Rafael Carioca, o grupo está adotando cautela para não ser surpreendida pelo rival de amanhã, invicto no Estadual e sem levar gols há sete jogos. “Na teoria, somos favoritos, mas temos de tomar cuidado. Mas a gente não pensa assim aqui dentro, porque, se perdermos, a pressão seria muito grande. A Caldense não é o Cruzeiro e o Colo Colo, e a concentração deve ser a máxima possível. Temos que ter o cuidado no que falar ou nas atitudes e respeitarmos o adversário”.O lateral-direito Marcos Rocha e o zagueiro Leonardo Silva continuaram o tratamento no departamento médico e ficam fora. Com a semana que vem livre para treinamentos e preparação, a expectativa é de que ambos voltem a treinar com bola a partir de segunda-feira e possam reforçar o Galo em Varginha, na segunda partida contra a Caldense. No jogo de amanhã, Patric e Edcarlos serão escalados desde o início.
Quarta passagem de Levir
70
jogos
39
vitórias
13
empates
18
derrotas
2
títulos