Atletico-MG

PM muda roteiro na escolta de corintianos e precisa conter atleticanos com bombas no Horto

Corintianos foram escoltados pela PM até ponto de concentração de atleticanos

Bruno Furtado




A esquina das Ruas Nancy de Vasconcelos Gomes e Pitangui, nas proximidades do Estádio Independência, virou uma praça de guerra neste domingo uma hora antes da partida entre Atlético e Corinthians, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Torcedores atleticanos foram surpreendidos pela rota escolhida pela polícia para conduzir os corintianos até o Portão 8, na Rua Ismênia Tunes, justamente em um dos pontos de grande concentração de bares, e muitos começaram a atirar garrafas e pedras em direção ao cordão de isolamento. Para conter os ânimos, a PM atirou bombas de efeito moral e balas de borracha.

Historicamente, torcedores visitantes acessam o Independência pelas Rua Córrego da Mata e Rua Alexandre Tourinho (conhecida como beco), por onde chegam à Ismênia Tunes. No entanto, neste domingo, a PM alterou a estratégia e conduziu os ônibus dos corintianos até a esquina das Ruas Nancy de Vasconcelos Gomes e Pitangui. Dali, os visitantes seriam conduzidos pela PM até a Rua Alexandre Tourinho (beco) e ao portal 8 na Ismênia Tunes.



Atleticanos que estavam nas proximidades da esquina e em bares da região se surpreenderam com a chegada dos ônibus dos visitantes naquele ponto e os mais exaltados atiraram objetos, latas e garrafas. Como resposta, policiais militares dispararam bombas de efeito moral e tiros com balas de borracha.



Por conta dos conflitos, os torcedores do Corinthians tiveram que descer dos ônibus e fazer o caminho de volta, descendo a Rua Nancy de Vasconcelos Gomes e acessando o Independência pela rota tradicional (ruas Córrego da Mata e Alexandre Tourinho).

Atleticanos atingidos por tiros foram levados ao Independência para receber os primeiros socorros.

O aposentado Jaci Gontijo, que mora exatamente na esquina das Ruas Pitangui e Nancy de Vasconcelos Gomes, procurou a reportagem e criticou a estratégia da PM. “Moro aqui há muitos anos e nunca vi a torcida visitante ser deslocada para esse ponto, bastante frequentado por torcedores antes dos jogos. É nessa esquina onde muita gente se reúne para beber cerveja e conversar. Mas todos se surpreenderam quando a PM começou a bloquear o local para receber os ônibus dos corintianos. Nunca tinha acontecido. Por conta desse erro crasso, deu briga. Alguns atleticanos começaram a atirar garrafas, latas e outros objetos. Virou uma praça de guerra. Depois de perceber que tinha errado, a PM recuou e mandou os corintianos desceram a rua para fazer o caminho mais correto, mas já era tarde. Muita gente se machucou na confusão, bombas tinham sido atiradas e estava uma bagunça”.

Diferentemente dos corintianos, que deixaram o local rapidamente, os ônibus das torcidas organizadas paulistas não puderam fazer o caminho de volta e ficaram estacionados no local da confusão durante a partida.

Ônibus dos corintianos continuam estacionados no local da confusão, e bem perto dos atleticanos