Cuca negocia de forma discreta sua quebra de contrato no Oriente e, se ficar livre da multa rescisória por mais um ano de contrato, ficaria livre para negociar com qualquer time brasileiro. No Atlético, seu nome tem resistência junto a alguns integrantes da diretoria por causa das circunstâncias de sua saída do clube em 2013, em plena participação no Mundial de Clubes. Na equipe, a volta do comandante não agradaria totalmente os jogadores. “Cuca, né? Hum...Tenho nada que falar não. Deixa para o presidente esse pepino”, frisou o atacante Luan, que foi trazido pelo técnico no início de 2013, vindo da Ponte Preta.
O treinador teve problemas com o lateral-direito Marcos Rocha no Mundial. Ao ser substituído, o jogador foi flagrado xingando seu comandante na derrota para o Raja Clasablanca por 3 a 1, em Marrakesh. Um dia depois, os dois teriam conversado e encerrado a polêmica. Rocha foi titular normalmente na decisão do terceiro lugar, contra o Guangzhou Evergrande.
A demora na escolha do treinador atrasa o planejamento alvinegro na busca por reforços para a temporada de 2016. A diretoria fala em três novos atletas, mas a escolha depende do perfil do sucessor de Levir Culpi, que primeiramente avaliará a qualidade do grupo para depois indicar carências nas posições. O Atlético foi à Argentina para tentar contratar o atacante Gustavo Bou, do Racing, artilheiro da última Copa Libertadores, mas os valores pedidos são considerados altos: em torno de R$ 25 milhões. Outro procurado foi Luís Fabiano, que também tem propostas do futebol chinês.
MISSÃO FINAL Disposto a ficar longe das especulações, o técnico interino Diogo Giacomini segue com sua missão de motivar os atletas a buscar o vice-campeonato nacional. Para isso, o Atlético precisa vencer a Chapecoense, domingo, às 17h, no Mineirão, garantindo uma premiação de R$ 6,3 milhões. Se terminar em terceiro, o prêmio é de R$ 4,3 milhões. “Não pretendo mudar a estrutura de jogo. Vamos focar a qualidade dos treinos durante a semana e fazer alguns ajustes. Meu trabalho é deixar os jogadores bem concentrados, treinar bem a equipe e estudar bem a Chapeocense para que possamos garantir o segundo lugar, importante para o clube.” Ele já foi informado pela diretoria que voltará a comandar o júnior após o Brasileiro – em janeiro, seu desafio será a Copa São Paulo.