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Ex-zagueiro de Galo e Racing, Galván diz estar com coração dividido em duelo na Libertadores

Galván relembrou com carinho passagens por clube argentino e brasileiro

Thiago Madureira
Ex-zagueiro argentino se destacou no Racing, seu clube de coração, e foi vendido ao Atlético em 1999 - Foto: REPRODUÇÃO / INTERNET
O encontro entre Atlético e Racing, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, será especial para o ex-jogador e hoje técnico Carlos Galván, que nutre forte sentimento pelos dois clubesO ex-zagueiro cresceu envergando a camisa da Academia, seu time de coraçãoChegou ao Cilindro aos 8 anos e ficou até os 26, quando foi vendido ao GaloEm Minas Gerais, defendeu o time alvinegro em 1999Tempo curto, mas suficiente para criar uma identificaçãoAinda hoje é lembrado pelos torcedores por causa da raça e do espírito aguerrido em campo

Galván, que hoje dirige o Comerciantes Unidos, do Peru, conversou com o Superesportes por telefone nesta sexta-feiraEm meia hora, relembrou os tempos de jogador, explicou o laço que o une a Racing e Atlético e, em tom político, disse que ficará com “o coração dividido, na torcida para que ganhe o melhor”“É muito difícil dizer para quem vou torcerFico dividido porque são clubes que amoSerei grato sempre ao Racing e ao Atlético pela oportunidade que me deram
Por isso, não tem como escolher um time”.

Galván em lance da final do Brasileiro de 1999 - Foto: EM DA PRESSPara Galván, o resultado da primeira partida será determinante na eliminatóriaO jogo de ida está marcado para a próxima quarta-feira, dia 27, às 19h30, na Argentina, no CilindroA volta será em Belo Horizonte, no dia 4 de maio, às 21h45, ainda sem estádio definido“Vai ser um confronto difícil para os doisVejo os dois times muito parelhos”, disse“O Racing é forte, experiente; os jogadores estão juntos há três anos, têm entrosamentoO Atlético tem que marcar forte e tomar cuidado com o contra-ataque deles que é muito fortePenso que o placar desse primeiro jogo será importante para se conhecer o classificadoQuem sair na frente vai ter mais força na última partida”, acrescentou.

Galván destacou a pressão da torcida do Racing, conhecida como uma das mais fanáticas da ArgentinaO Estádio Juan Domingo Perón (El Cilindro) tem capacidade para cerca de 50 mil pessoas e deverá ter lotação máxima
“É um estádio lindoEle é grande e cria uma atmosfera incrívelVai estar com capacidade máxima, com torcida gritando, fazendo barulho o tempo todoOs jogadores sentem na pele”, contou.

Zagueiro foi destaque do Atlético em 1999 - Foto: EM DA PRESSO ex-zagueiro fala com carinho de Racing e AtléticoEle cresceu pelas ruas da cidade de Avellaneda, na Argentina, sustentando o amor ao clube de coraçãoTorcedor do Racing desde a infância, Galvan chegou ao Cilindro aos 8 anosSubiu ao profissional em 1992Fez parte do grupo que chegou à semifinal da Copa Libertadores de 1997, sendo eliminado pelo Sporting Cristal“Respeito muito o RacingSempre serei agradecido pelo que o clube fez por mimPassei 14 anos da minha vida lá dentroO Racing faz parte da minha história”, disse.

Depois de se destacar na equipe argentina, Galván foi vendido ao Atlético em 1999Em pouco tempo, conquistou a confiança da torcida e virou titular absoluto do time que foi vice-campeão brasileiroNo Galo, fez 57 jogos e marcou 3 gols“As lembranças são boasTenho uma filha, a Ingra, de 15 anos, que é mineiraEla nasceu em Belo HorizonteFoi uma passagem muito rica, fizemos amigos na cidade, os torcedores me tratavam muito bemTambém sou muito grato ao Atlético”, relembrou o treinador, que sonha em voltar ao Galo agora para dirigir o time

“Eu quero voltar e ficar mais tempo em Belo HorizonteQuero visitar o CT do Atlético, que foi construído e dizem que ficou muito bonitoÉ uma visita, mas quero voltar um dia para ficarFuturamente, quero dirigir no Brasil, e lógico o Galo é um grande objetivoMas não é nada para agoraNão quero queimar etapas, quero adquirir capacidade e ir caminhando aos poucos”, destacou o ex-jogador do Galo