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ATLÉTICO

Jogadores analisam comportamento da torcida do Galo e pedem apoio: "Não tem força maior"

A impaciência tem sido uma característica marcante da torcida em 2016

Thiago Madureira
Força da torcida pode empurrar o Atlético em campo contra o Racing, afirmam os jogadores - Foto: EM DA PRESS


“Se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o ventoAh, o que é ser atleticano? É uma doença? Doidivana paixão? Uma religião pagã? Bênção dos céus? É a sorte grande? O primeiro e único mandamento do atleticano é ser fiel e amar o Galo sobre todas as coisasDaí, que a bandeira atleticana cheira a tudo neste mundo (...)”.

O escritor Roberto Drummond explicou, com o brilhantismo que lhe era peculiar, a paixão do torcedor alvinegro pelo AtléticoMas a imagem de fiel e compreensivo que Drummond fez questão ressaltar vem ganhando, em especial nesta temporada, novos contornosA paciência foi substituída pela vaiaAgora, diante de um jogo decisivo contra o Racing, nesta quarta-feira, no Indepedência, pela Copa Libertadores, os jogadores pedem apoioEles acreditam que o time fica mais forte com a vibração e a energia vindas das arquibancadas

“Eu gosto de ser cobradoTodo mundo gosta de ser cobrado, porque a gente coloca os pés nos chãoMas eu gostaria que a nossa torcida fosse ao estádio apoiar o timeE eu gosto daquela frase ‘eu acredito’
Se a torcida acompanhar e vier junto conosco tenho certeza que vamos conseguir uma grande vitória”, afirmou Erazo.

O ânimo acirrado tem sido característica marcante da torcida em 2016Logo na primeira partida do Galo em casa na Copa Libertadores, contra o Independiente Del Valle, os atleticanos se aborreceram com o técnico Diego AguirreParte da torcida se revoltou principalmente pela entrada de Robinho no lugar de Cazares, um dos destaques do time no jogo, e não no posto de Patric, lateral-direito improvisado no ataqueEra o primeiro sinal.

Na partida contra a URT, pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Mineiro, outra vez o comportamento impertinente prevaleceuAté os jogadores ficaram incomodadosO atacante Lucas Pratto deixou isso claro na comemoração do seu gol no jogoO argentino saiu em disparada ao banco de reservas e fez um gesto pouco usual: colocou as mãos nas orelhas e ficou olhando para as arquibancadasApós a partida, ele evitou os repórteres e não quis conceder entrevistaNa ocasião, o volante Rafael Carioca, que havia marcado belo gol em chute de fora da área, admitiu aborrecimento com o comportamento de parte da torcida alvinegra"O time está em cima, buscando o gol e a torcida vaiando
A gente fica chateado mesmo", disse.

O momento agora é outroE os jogadores querem a torcida empurrando o time“Não tem força maior externa que a torcidaA gente tem consciência de que precisa fazer um bom jogo desde o início, que a gente vai trazer o torcedor para dentro do campo e isso vai nos ajudando no decorrer dos minutos”, disse o atacante Hyuri.

Para se classificar, o Atlético precisa de uma vitória simplesA decisão da vaga vai para a disputa de pênaltis em caso de novo 0 a 0Quanto aos ingressos, só restam camarotes, a R$ 500 cada assento.