A festa começou cedoNas ruas, a euforia era totalOs atleticanos estavam confiantes“Vamos golear”, dizia umOutros, mais contidos, não deixavam o lema de lado“Eu acredito, vai ser sofrido, mas vamos passar”A chegada do time ao Independência empolgou o torcedor
No estádio, o clima era de decisãoO nervo estava à flor da pele de cada torcedorOs argentinos, pareciam ignorar toda a tensão no Independência: cantavam alto e provocavam os atleticanos, que enlouqueceram com a entrada dos jogadoresUm mosaico com as palavras “lutar” e “vencer” empolgou ainda mais
Os atleticanos estavam em sintonia, em campo e nas arquibancadas, com vibração a cada disputa vencidaE o caldeirão ferveu de vez com o gol de Carlos, aos 15 minutos, após jogada de muita raça e técnica de Lucas Pratto.
Mas não deu para comemorar muitoSeis minutos depois, Lisandro López sofreu pênalti e converteu, colocando o Racing nas quartas de final da Copa LibertadoresOs atleticanos cantavam empurrando a equipeOs argentinos vibravam com muita intensidadeVirou uma guerra de vozes e provocações nas arquibancadas do Independência, mas nada que alterasse o placar até o intervalo.
O retorno para a etapa final foi marcado pelo já conhecido “eu acredito”, entoado por todo o Independência
Depois de passar alguns sustos, o técnico Diego Aguirre colocou o time para cima, com Clayton no lugar de Leandro DonizeteA torcida sentiu a mudança ofensiva e deu show, cantou muito alto e levou o time para a viradaAos 27 minutos, Rafael Carioca cobrou falta e Lucas Pratto apareceu no segundo pau para balançar as redesFesta atleticana no Horto.
Após o gol, a torcida jogou ainda mais com o timeA disputa de cada lance empolgava os atleticanos, que empurravam os jogadores em campoOs chutões da defesa alvinegra eram comemorados como se fossem gols, jogadas de efeito
E quem mais sentiu o apoio da torcida foi Lucas Pratto, um verdadeiro guerreiro em campoAos 36 minutos, o árbitro marcou pênalti para o Atlético após toque de mão dentro da áreaO argentino pegou a bola, cobrou, mas o goleiro Ibañez fez a defesaÍdolo da torcida alvinegra, o jogador teve seu nome gritado pelos torcedores.
Os minutos finais foram angustiantesOs ponteiros do relógio pareciam não girar maisEra ataque argentino contra defesa alvinegraE o Galo não conseguia matar no contra-ataque, perdendo chances até inacreditáveisMas o torcedor já acostumou com o ditado, “se não é sofrido, não é Galo”E ele valeu até o fim, com o apito final e a classificação para o duelo brasileiro contra o São Paulo na próxima fase