Lucas Pratto foi o destaque do Atlético na partida contra o Racing pela Copa Libertadores - Foto: Rodrigo Clemente / EM DA PRESSA grande atuação do argentino Lucas Pratto na vitória sobre o Racing por 2 a 1, no Independência, que valeu a classificação às quartas de final da Copa Libertadores, aumentou seu prestígio com a torcida do Atlético e o técnico Diego AguirreO artilheiro volta a jogar bem e, principalmente, a marcar gols justamente quando o alvinegro mais precisa: no domingo, faz a finalíssima do Campeonato Mineiro contra o América, às 16h, no Mineirão; depois, decidirá a vaga nas semifinais da Libertadores com o São Paulo.

Os elogios ao desempenho de Pratto não se justificaram apenas pelo gol da vitória sobre o time argentinoEle ainda deu a assistência para Carlos abrir o placar, no primeiro tempo, e contribuiu na marcação, o que levou a torcida ao delírio na quarta-feiraCom a entrada de Carlos, o argentino teve mais liberdade para se movimentar e ajudar na criação de jogadas do Galo“Quando se está em um dia bom e o time precisa de você, é necessário fazer algo a maisMostrei a raça que a gente precisava para conquistar a vitória”, afirmou Pratto, que já superou o total de gols que fez na Libertadores do ano passado (quatro contra três)Na comemoração do gol, ele extravasou com a torcida, em postura diferente de jogos passados, em que festejou de forma tímida“São situações de jogoQuando estamos pressionados, comemoramos de uma formaQuando estamos tranquilos, é de outra”, ressalta o argentino, maior artilheiro estrangeiro da história do Galo, com 33 gols.

O prestígio com a torcida é tão grande que os dois pênaltis perdidos de forma consecutiva ficaram em segundo plano – o primeiro foi contra a URT, em Patos de Minas, pelas semifinais do Estadual, e o segundo diante do próprio RacingAté então, Pratto havia convertido todas as 10 penalidades pelo alvinegro, desde o ano passadoAgora, os tiros desperdiçados (Robinho também perdeu, no primeiro jogo da final contra o América) despertam a preocupação da torcida, tendo em vista as decisões que a equipe terá na sequência.

Pratto admite que as cobranças não foram boas e admite a necessidade de se preparar mais: “Robinho falou que chutou mal contra o América, eu também bati mal, por cima da bola e depois mais embaixo, que o goleiro do Racing defendeuQuando temos uma sequência ruim de pênaltis, talvez seja sinal de que precisamos praticar maisOs goleiros estudam os batedores”Em toda a temporada, o Atlético cobrou nove pênaltis e converteu os seis primeiros – com o próprio Pratto, Luan, Clayton e Cazares.

MISTÉRIO Com a necessidade de vencer o América para conquistar o bi do Mineiro, o Atlético vai usar a mesma estratégia da partida contra o Racing: esconder as armasOntem, Aguirre orientou uma atividade para os reservasHoje pela manhã, deve comandar coletivo para definir a equipeA expectativa fica pelo retorno de Cazares, vetado pela Libertadores por causa de inflamação na perna direita.


PELA ARGENTINA

Olé
Gesto Racista
Principal diário esportivo argentino, o Olé deu destaque para o ato de injúria racial cometido por Juan Carlos Gambandé, treinador de goleiros do clube de AvellanedaDepois da partida, Gambandé simulou abrir e comer uma banana para provocar torcedores atleticanos.

Clarín
A odisseia dos torcedores do Racing no Brasil
O periódico mostrou como foi a jornada dos torcedores argentinos para acompanhar a partida decisiva das oitavas de final em BH e considerou que a Polícia Militar de Minas usou força excessiva contra eles, numa confusão que se formou nas cadeiras do Independência.

Página 12
No duelo de noves, Pratto venceu
O jornal ressaltou a vitória de Lucas Pratto, do Atlético, sobre Lisandro López, do Racing, no duelo argentino entre camisas noveO Página 12 ainda elogiou a parceria de Pratto com Robinho e as jogadas do centroavante atleticano durante a partida, como no gol marcado por Carlos.