Em seus dois títulos nacionais com o Cruzeiro, Marcelo optou por esquemas de velocidade, privilegiando a posse de bola e as saídas rápidas para o ataqueNo Galo, ele acredita que o time vai se organizar naturalmente dessa forma, diferentemente do estilo de Aguirre, que defendia uma equipe mais encorpada e segura na defesa, inclusive com três jogadores de marcação“Não quero fazer avaliação do trabalho anteriorIntensidade, marcação, agressividade são exigências do próprio futebolO Atlético já tem sido forte nesse aspecto e vamos tentar manter, já aprimorando para o jogo contra o Grêmio”, afirma o treinador, de 61 anos, que implantou o sistema 4-2-3-1 tanto no Cruzeiro quanto no PalmeirasPor causa dos muitos desfalques (são 10), ele terá poucas opções para começar a montar sua espinha dorsal no jogo no Horto.
A nova forma de trabalho exigirá adaptação aos atletasNo treino de terça-feira, Marcelo já mostrou sua metodologia, trabalhando incessantemente as finalizações e as bolas aéreas com laterais, zagueiros, volantes e atacantesEm cinco meses no Galo, Aguirre pouco explorou as atividades técnicas – quando as usou, fez simultaneamente com o trabalho táticoOutra mudança na era Marcelo será a volta das concentrações antes dos jogos, que estavam abolidas no clube desde Levir Culpi e foram determinadas por Aguirre somente na véspera de confrontos decisivos.
DIÁLOGO
Cotado para ser improvisado na esquerda, na vaga de Douglas Santos, que está com a Seleção Brasileira, Carlos César vê com bons olhos o estilo de Marcelo: “É um treinador bacana
Marcelo acredita ter sido fundamental assumir o Galo logo no início da competição: “O ideal é começar no início da temporada e montar o grupoMas o Atlético já tem uma base sólida, com um time muito competitivoVamos apenas fazer ajustes”Por falta de opções no setor ofensivo, a equipe deve ter três volantes contra o Grêmio – Eduardo, Rafael Carioca e Júnior Urso são os nomes prováveisPara o ataque, há mais variáveis, como Patric, Hyuri, Clayton, Carlos, Pablo e Capixaba.