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Apesar de contrato com Dryworld, Atlético ainda usa uniformes da Puma nas divisões de base

Empresa canadense afirma que alta demanda fez com que, até agora, apenas a equipe profissional fosse atendida; clube alega que já esperava que isso acontecesse

postado em 25/05/2016 20:30 / atualizado em 25/05/2016 20:29

Bruno Cantini/Atlético
Apesar de ter contrato vigente com a Dryworld para o fornecimento de material esportivo, o Atlético tem utilizado na base uniformes produzidos por uma concorrente da empresa canadense: a Puma, antiga parceira do clube. Isso ocorreu, por exemplo, na derrota da equipe sub-20 por 3 a 2 para o Santos, nesta quarta-feira, e na vitória por 1 a 0 sobre o Wolfsburg-ALE, no domingo, no Torneio de Terborg.

No último sábado, o técnico Marcelo Oliveira também utilizou camisa da Puma em sua estreia no comando do time profissional, no empate por 1 a 1 contra o Atlético-PR, em Curitiba, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O símbolo da ex-parceira alemã aparece na camisa preta usada por baixo do casaco da Dryworld (foto).

Em contato com o Superesportes, o diretor de comunicação do Atlético, Domênico Bhering, confirmou que toda base continua utilizando material esportivo da Puma, mas alegou que a entrega da linha de uniformes Dryworld será normalizada em breve. Esse problema era esperado e é tratado internamente pela diretoria.

Divulgação

Em contato com a reportagem, o presidente internacional da Dryworld, o canadense Cláudio Escobar, afirmou que a falta de uniformes para a base atleticana se deve à crescente demanda pelos produtos.

"Tivemos um grande sucesso nas vendas. No momento, direcionamos todo esforço para as necessidades do profissional. Tivemos de focar no profissional neste momento, para que o Atlético continue muito bem representado em sua categoria superior. Temos elementos que sabemos que precisamos remediar. Estou no Brasil. Temos compromissos com os parceiros e estou aqui para fazer que esses compromissos se realizem. Tivemos que tomar decisões, mas hoje estamos aqui para entregar esses compromissos”, disse.

Questionado se a Dryworld estaria enfrentando problemas financeiros na entrada no Brasil, Escobar limitou-se a dizer que a empresa cumprirá os compromissos firmados.

"Estamos, como todas as empresas, com desafios para cumprir. É um momento de desafios, que vamos enfrentar, pois vemos o Brasil como grande oportunidade. Temos compromissos e estou aqui para cumprir os compromissos. Vamos entregar o que a gente comprometeu a entregar. Mais do que isso, apoiando o futebol brasileiro", afirmou.

Atlético e Dryworld fecharam contrato no final de 2015. O acordo passou a valer no início de 2016 e tem duração de cinco anos. O novo uniforme projetado pela empresa canadense foi apresentado no dia 15 de fevereiro e recebeu mais de 100 mil pedidos antes mesmo do início da distribuição das peças, em 17 de março.

Além do fornecimento do material esportivo, o contrato entre Dryworld e Atlético prevê repasses financeiros para o clube. A empresa canadense também foi responsável pela negociação que concretizou a transferência de Robinho para a Cidade do Galo. Até aqui, dois uniformes de jogo foram apresentados. Para o segundo semestre, a expectativa é que uma terceira camisa seja lançada.

Não é só no Atlético


Mailson Santana/FFC
Fluminense e Goiás, clubes que também têm contrato com a Dryworld, ainda não utilizam apenas uniformes da empresa canadense em suas categorias de base. Enquanto a equipe carioca usa o material esportivo fornecido pela Adidas, o Alviverde segue com algumas peças da Puma. As equipes, inclusive, se enfrentaram nesta quarta-feira. A partida, válida pela segunda rodada do Brasileiro sub-20, terminou com vitória tricolor por 2 a 0. O Santa Cruz também está em negociação com a Dryworld.

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