A partida de amanhã contra o Corinthians, no Itaquerão, é tida como uma das mais difíceis nesta trajetória em busca do título, que não vem desde 1971. Nas três vezes em que jogou no estádio, o Galo foi derrotado três vezes. Além disso, os mineiros terão sete desfalques: cinco jogadores que disputam as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo'2018 pelas seleções nacionais – Rafael Carioca (Brasil), Erazo e Cazares (Equador), Lucas Pratto (Argentina) e Otero (Venezuela); Júnior Urso, suspenso; e Maicosuel, machucado.
De acordo com Marcelo Oliveira, a equipe tem de estar com a confiança elevada para que os resultados em campo possam aparecer com frequência: “Não existe neste momento motivação mais positiva do que disputar o título. É uma motivação natural, além do fato de os atletas atuarem numa grande equipe. As partidas lá são sempre difíceis. Uma coisa é certa, temos que estar com o espírito melhor para buscar os resultados. Vai acontecer muita coisa ainda, certamente”.
Dos cinco próximos jogos, três serão em Belo Horizonte, contra América, Figueirense e Flamengo. E a matemática da equipe prevê ao menos 12 desses 15 pontos disputados. E, nas cinco rodadas finais, o grupo terá de se superar para buscar o maior aproveitamento possível, já que três compromissos serão na casa do adversário – Coritiba, Santa Cruz e Chapecoense.
O treinador acredita que o grupo ficará mais completo depois do jogo contra o Corinthians, o que pode trazer mais qualidade nas atuações da equipe: “Ainda não temos um time completamente entrosado por várias razões: contusões, suspensões, há pouco tempo não tínhamos um armador. Embora seja essa época do ano, ainda temos dificuldade. Temos de estar concentrados para que possamos vencer os jogos”.
EQUILÍBRIO Para ganhar o Brasileiro, o planejamento do Atlético também passa pela retomada do equilíbrio. No Brasileiro, o time alvinegro fez 46 gols, mas levou 37, com média superior a um por jogo – tem a pior defesa entre os nove primeiros colocados. E, em vários jogos, a equipe teve queda de produção no segundo tempo, como nas derrotas para o Fluminense (4 a 2), no empate no clássico com o Cruzeiro (1 a 1) e até mesmo no último fim de semana, contra a Ponte.
“A gente vem tentando buscar esse equilíbrio. Temos atacantes de alto nível, que têm a tendência de atacar mais do que marcar. Isso nos leva a fazer muitos gols, mas a levar muitos também. Estamos buscando esse equilíbrio. Mas são jogadores decisivos. Tomara que eles possam estar inspirados nesses últimos jogos para nos ajudar”, avalia o lateral-esquerdo Fábio Santos.
RETA FINAL
Quarta: Corinthians, no Itaquerão
Com os vários desfalques do Galo, será um dos jogos mais difíceis. O empate seria lucro
13/10: América, no Mineirão
Diante de um time que luta para não cair, Galo tem mais do que a obrigação de levar três pontos
16/10: Botafogo, no Luso Brasileiro
Duelo cujo resultado é imprevisível, já que o time carioca vive boa fase. Esforço será por vitória, mas igualdade não seria ruim
23/10: Figueirense, no Independência
Em casa, não se pode desperdiçar pontos contra equipes de baixo
29/10: Flamengo, no Independência
Jogo-chave para avançar na tabela. Obrigação de vencer um concorrente direto ao título. Imprevisível
6/11: Coritiba, no Couto Pereira
Apesar de ser um jogo complicado e fora de casa, vitória no campo do adversário é essencial para quem quer ser campeão
16/11: Palmeiras, no Independência
Outro jogo-chave para as pretensões do Atlético em conquistar o título. Tem que vencer
20/11: Santa Cruz, no Arruda
Diante de um possível rebaixado, as circunstâncias para uma vitória são grandes
27/11: São Paulo, no Independência
Vai enfrentar um gigante sem pretensões no Brasileiro e tem de vencer a qualquer custo
4/12: Chapecoense, na Arena Condá
Galo jamais venceu em Chapecó e precisa estar bem na pontuação para não depender de vitória no Sul