Os 15 dias entre a partida de ida e a de volta da final da Copa do Brasil fizeram com que o Atlético mudasse, ainda que discretamente, a forma de jogarApesar de ter perdido o título para o Grêmio na Arena, a equipe alvinegra ficou mais com a bola e diminuiu o número de lançamentosFaltou, entretanto, mais infiltração e volume ofensivo - e, com isso, os gols necessários para reverter o placar.
As mudanças de um jogo para o outro mostraram algumas correções feitas por Diogo GiacominiA estratégia, apesar de diferente do jogo de ida, também fracassouVeja um comparativo* entre a ida (vitória gaúcha por 3 a 1 no Mineirão) e a volta (empate por 1 a 1 na Arena).
A bola é minha
No jogo de ida, o Atlético teve a bola pela maior parte do tempoA equipe alvinegra trocou mais passes (430 contra 286 do Grêmio)Na volta, o cenário foi parecidoCom o time da casa recuado e jogando com o regulamento, os mineiros tiveram mais posse.Na Arena, o Atlético trocou impressionantes 555 passes contra 278 do GrêmioA posse, no entanto, foi inefetivaFaltaram jogadas de infiltração e, é claro, finalizações certeiras.
Menos chutões
Um dos pontos mais criticados no trabalho de Marcelo Oliveira, os lançamentos foram reduzidos na segunda partidaApesar de também encontrar dificuldade para penetrar na defesa rival, o Atlético adotou a estratégia de trocar passes curtos na Arena.Numericamente, o Atlético deu 41 lançamentos no primeiro jogo (31 errados)
Pouco perigo
Apesar de ter a posse e manter a bola no chão, o Atlético levou pouco perigo à meta adversária na maior parte do tempoNo início do jogo, a equipe até experimentou finalizações de fora da áreaSem direção.A maior dificuldade foi para transpor as linhas defensivas montadas por Renato GaúchoA única maneira que o Atlético encontrou para bater Marcelo Grohe foi o chutaço de antes do meio de campo de Juan CazaresNão à toa, o Atlético até finalizou muito (13 vezes), mas acertou o gol em apenas duas oportunidades - mesmo número do jogo de ida.
Contra-ataque mortal
No Mineirão, o Atlético sofreu com os contragolpes do GrêmioExemplo claro disso é o terceiro gol, marcado por Éverton após arrancada impressionante de Pedro Geromel.Na Arena, o mesmo cenário: Grêmio fechado, esperando por espaçosE eles apareceramAos 43 do segundo tempo, Bolaños finalizou uma jogada rápida de contra-ataque e praticamente acabou com as chances de título do Atlético.
*Os números foram coletados pelo Footstats