Superesportes

ATLÉTICO

Nepomuceno comenta troca de fornecedora no Galo, critica Dryworld e exalta esforço da Topper

Presidente do Atlético explica opção pela Topper, projeta boa parceria pelos próximos quatro anos e reforça que clube tomará medidas legais contra empresa canadense

Redação
Nepocumeno elogia planos da Topper no Atlético e diz que Dryworld pagará 'preço caro' por prejuízo - Foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

O presidente Daniel Nepomuceno comentou a troca de fornecedora de material esportivo do Atlético a partir de 2017O clube assinou contrato válido por quatro anos com a Topper e encerrou vínculo com a Dryworld, que teve vários problemas de distribuição para time e comércio, além de atraso no repasse de verbas durante a temporadaEm entrevista ao programa Bola Premiada, da Rádio Itatiaia, o dirigente explicou as dificuldades na negociação e criticou a empresa canadense pelas falhas que levaram à rescisão contratualSem mencionar valores, ele exaltou o empenho da nova parceira para retornar ao clube alvinegro - vestiu o Galo entre 2010 e 2012 

"Temos de agradecer à Topper, que teve paciência nessa questão contratual difícil, que envolve milhões e uma empresa canadenseNos deu muito trabalhoO pouco que concluiu do contrato (com a Dryworld) foi mais do que já tivemos no passadoIsso desfoca um pouco, porque você faz o planejamento de cinco anosAssim como você vai contratar um jogador, precisa ter um reconhecimento da outra parteE a Topper se mostrou mais interessada em voltar ao Atlético e colocar o Atlético como o principal time delesEles vão colocar um valor altíssimo dentro do faturamento deles
E é isso que faz o futebol e as parcerias darem certoQuando algo dá errado, é importante ter alguém ali reconhecendo o clube e a importância”, declarou

Atlético e Dryworld assinaram, em janeiro, um contrato de cinco anos, no valor de R$ 16 milhõesA quantia foi considerada a maior da história do clube e uma das principais do Brasil, mas virou fiascoPor causa da dificuldade da empresa de honrar os compromissos, o Galo rompeu o vínculo com os canadenses e anunciou a Topper como nova fornecedora, na semana passada

Daniel Nepomuceno revelou que negociou com outras marcas, mas a Topper se mostrou mais interessada ao projetoO presidente atleticano ainda ressaltou as mudanças nas lojas do clube depois dos problemas sofridos com a Dryworld

“Tivemos uma mudança contratual, de todas as lojas serem administradas por uma gestão junta ao clube, além de não ter contrato vinculado com fabricante, mas, sim, com a marcaIsso nos dá uma garantia maiorA Topper sabe que vai ganhar ao voltar a um clube como o Atlético
Em um momento difícil, conversei com todas as marcas, mas a Topper estava se doando maisA Topper passou dos limites, porque queria voltar ao Atlético, mesmo sabendo que o contrato era complexoEstávamos negociando isso há quatro mesesE o torcedor pode esperar que o material será de altíssima qualidade, com toda atenção às nossas franquiasTenho certeza que, em março, no lançamento, será recorde de vendas novamente”, comentou

Nepomuceno ainda explicou o motivo de o clube não ter acertado com gigantescas empresas do ramo, como Nike e Adidas 

“É uma questão extremamente comercialO Atlético mostra um balanço favorável, e é um clube que virou de patamar nos últimos anosVocê tem de ter um parceiro que apresenta os números que o Atlético realmente representaUm parceiro que realmente quer investir, trabalhar com o clube, que quer criar sua identidadeNão estamos aqui para valorizar marcaQuando você entra numa negociação, você tem que pensar na saúde financeira do clubeQual tipo de parceiro está mais empenhado? A diretoria da Topper sempre quis provar que é uma parceria de sucesso”

Daniel Nepomuceno reforçou que o Atlético tomará as medidas legais para amenizar prejuízo causado pela DryworldO caso, no entanto, será resolvido fora do país

“É caso de justiçaUm contrato de cinco anos, de quase 60 milhõesDesde o primeiro momento, os próprios executivos da Dryworld, que tiveram essa relação profissional apesar das falhas, sabem muito bem que, assim como o Atlético tem que honrar todos os compromissos que foram assinados, uma empresa dessa também tem que reconhecer o prejuízo que foi dado ao clubeNão é só uma questão econômica, é uma questão de investimento e reconhecimentoA torcida sabe o que era a Dryworld antes e o que é agora depois do AtléticoE isso tem um preço caro que precisa ser pagoA discussão será fora do BrasilNo CanadáO contrato previa issoAcho que todo empenho é o mínimo por aquilo que foi prometido”, concluiu