A temporada 2017 mal havia começado e um clássico se colocou no agenda do Atlético, à época absorvendo os primeiros dias de trabalho do técnico Roger Machado. Era apenas o segundo compromisso do time no ano. Passados exatos dois meses, o Galo vai reencontrar o arquirrival Cruzeiro, novamente no Mineirão. Daquela derrota por 1 a 0, pela Primeira Liga, para o duelo deste sábado, pelo Campeonato Mineiro, o Alvinegro sofreu mudanças.
Pratto já não está mais no Galo. Foi vendido ao São Paulo. Clayton também deixou o clube, emprestado ao Corinthians. Já o meia Maicosuel está lesionado.
Para encarar o Cruzeiro neste sábado, o Atlético terá Robinho e Fred no ataque. No clássico pela Primeira Liga, o primeiro estava contundido e o segundo suspenso.
Padrão e invencibilidade
Roger tinha menos de um mês de trabalho no primeiro clássico do ano. Em campo, o Atlético encarou um adversário que teve a posse de bola na maior parte do tempo e que criou as melhores chances. Na entrevista coletiva após o jogo, o treinador avisava:
“Perder um clássico nunca é bom, ainda mais no início de caminhada e com um modo diferente de jogar. Isso nos traz algumas reflexões de pontos importantes para fazer os ajustes. Vamos rever o jogo, entender por que não tivemos a bola em alguns momentos. É uma construção e vamos ajustando ao longo das partidas”, disse.
Foram 11 partidas do Atlético desde então. Onze jogos sem derrota. Aos poucos, as ideias defendidas por Roger Machado foram se apresentado em campo pela equipe: compactação, posse de bola, marcação alta, equilíbrio entre defesa e ataque. O time passou também por dificuldades, o que vem exigindo mais ajustes pelo treinador.
“Mudou muita coisa. A preparação para esse jogo de sábado é diferente. (Pela Primeira Liga) Era a segunda partida da temporada. Tivemos pouco tempo para nos preparar, assim como o rival. Agora é diferente. Vai ser mais bonito. A gente vai para surpreender o adversário”, destaca o goleiro Giovanni.
Roger Machado avalia, ainda, a coletividade do time como alicerce para as individualidades decidirem os jogos, como na partida passada, contra a URT (2 a 0).
“Quando o coletivo tático vai bem, as individualidades aparecem. Você não percebe um jogador com um nível de atuação menor que os outros. Gradativamente, o equilíbrio da coletividade faz com que as peças sobressaiam. Nove carregam dois em uma noite abaixo. Mais do que isso, não dá para carregar, tem que fazer mais força. A partir do momento em que os jogadores compreendem isso e executam no jogo, as individualidades aparecerem. A partir do momento em que os jogadores entendem o propósito, a gente vê o time sem ninguém abaixo dos demais”, diz.