O ponto mais fraco de Carioca ficou por conta dos desarmes – somente uma roubada de bola certa. Foi o jogo em que o volante menos acertou no fundamento – Godoy Cruz (2), Sport Boys (5) e Libertad (4). Para Roger, o desempenho do camisa 5 está cada vez melhor, mesmo que algumas funções não sejam bem desempenhadas em todos os jogos. O treinador ressaltou que é necessário ampliar a análise e destacou a importância do jogador para a equipe.
“O estilo do jogador não satisfaz todos. Para falar das atuações do Carioca, temos que ver os números do jogo e o que um jogador da função deve fazer, além de fazer comparações com outros. Aqueles que dizem que ele não rouba bola, ele é o que mais desarma, com números compatíveis ao de outros lá fora. Ele não precisa dar carrinho, porque faz com bom posicionamento, antecipação. E tem qualidade de passe que quase outro primeiro volante não tem. Ele estava sofrendo críticas, mas não entendi o porquê. Talvez por essa forma dentro do campo faça entender que ele é menos. Mas ele esteve acima das atuações nos últimos dois jogos e teve boas atuações em partidas anteriores”, avaliou.
Análise do esquema
“Jogando Rafael Carioca lado a lado, temos uma alternância de quem sai, dependendo da posição da bola, gerando superioridade para o setor. No 4-1-4-1, Carioca ficava mais no setor defensivo e o Elias com mais liberdade. Com essa alternância, ganhamos um companheiro de marcação e também descansa o Elias na alternância na frente da linha da bola. Vínhamos jogando assim no começo da temporada, com o 4-2-3-1, e agora alternamos novamente. Um é variação do outro, mas um tem linha ofensiva mais à frente. E temos de ter um trabalho de cobertura defensiva para evitar bolas nas costas. Gostei da liberdade do Robinho, que foi um jogador de fora para dentro e hoje joga de dentro para fora”, observou Roger Machado.