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Versátil, cobrador de falta e brigador: apresentado no Galo, Roger Bernardo já quer jogar na quarta-feira, contra o Sport

Após meses de espera, atleta, enfim, falou oficialmente como atleta do Atlético

postado em 19/06/2017 18:31 / atualizado em 19/06/2017 18:53

Juarez Rodrigues/EM/D. A Press

Mais de cinco meses se passaram desde o dia 11 de janeiro de 2017. Na data, Roger Bernardo se tornava reforço do Atlético. Desde então, concedeu algumas entrevistas sobre a oportunidade de atuar pelo clube alvinegro. Nenhuma delas, entretanto, era tão aguardada quanto a desta segunda-feira, 19 de junho.

O polivalente, que pode atuar como volante e zagueiro, foi apresentado oficialmente pelo Atlético. Roger Bernardo já treinava na Cidade do Galo há duas semanas, mas falou pela primeira vez com a imprensa nesta segunda. E optou por não esconder a ansiedade de estrear pelo novo clube.

“Queria ter vindo para o Estadual e não queria sair pelas portas do fundo na Alemanha. Mas a ansiedade é grande. O presidente me falou ‘muito obrigado’ contra o Paraná [jogo que Roger acompanhou no Independência], e eu queria estar comprometido com o grupo. Hoje, foi a apresentação e amanhã espero estar liberado para jogar quarta-feira. Queria voltar antes, mas o senhor não permitiu. Mas graças a Deus tudo deu certo”, disse o jogador de 31 anos.

Roger Bernardo deixou o Ingolstadt, da Alemanha, há menos de um mês. Apesar do acerto com o Atlético desde o início do ano, cumpriu contrato com o clube europeu. Em forma, o jogador depende da regularização para finalmente voltar a atuar no Brasil.

O Atlético aguarda a chegada de um documento vindo da Federação Alemã de Futebol para iniciar os trâmites junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Para jogar nesta quarta-feira contra o Sport, Roger Bernardo deve ser regularizado no Boletim Informativo Diário (BID) ainda nesta terça.

O reforço

Quando entrar em campo Roger Bernardo garantiu uma coisa: entrega. O volante/zagueiro, entretanto, disse também que pode contribuir tecnicamente com o time.

“Gosto de brigar pela bola, mas faço bem a leitura de jogo. Tem tudo para dar certo. O elenco tem grandes profissionais e não terá dificuldades na adaptação”, disse.

Mas se engana quem pensa que Roger Bernardo será importante apenas defensivamente. Nas palavras do próprio jogador, a equipe também pode ganhar na bola parada. Mas não com um novo cabeçeador - e sim com um cobrador.

“Cazares e Otero vivem grande momento. É o treinamento. Depende do dia que se encontra. Um dia eles estarão melhores. Isso não tem a mínima importância, igual quem faz o gol ou quem cobra a falta. Não é prioridade. Vou continuar treinando”, minimizou.

Aprendizado

Nos nove anos na Alemanha, Roger Bernardo disse que aprendeu muito, especialmente na parte tática. A última partida que disputou no Velho Continente foi no dia 20 de maio. E o volante quer se aproveitar da experiência para contribuir com o time - dentro e fora de campo.

“A disciplina tática foi fundamental. Mas nunca tive problemas fora do campo. Nunca ouviram falar do Roger fora de campo. Foi difícil, com inverno rigoroso. Volto mais experiente e calejado. Espero ajudar meus companheiros, como Yago, Ralph e o Carioca. Espero ajudá-los”, disse.

Além dos anos na Alemanha, Roger Bernardo também falou dos companheiros de Atlético, de Roger Machado e da expectativa de voltar a atuar.



Leia abaixo a entrevista de Roger Bernardo na íntegra:

Estilo

“Gosto de brigar pela bola, mas faço bem a leitura de jogo. Tem tudo para dar certo. O elenco tem grandes profissionais e não terá dificuldades na adaptação. Treino é uma coisa, jogo é outra. A partir de quarta-feira, poderei ajudar o clube”.

Adaptação

“Meu último jogo foi há um mês, dia 20 de maio, na Alemanha. É só o ritmo, o jogo é diferente do treino. A adaptação é em relação aos companheiros, quem marca menos ou mais. É preciso leitura rápida. Futebol é igual em todos os lugares e temos de nos adaptar o mais rápido. Não vou falar de data. Conseguimos fechar esse contrato e quero provar minha competência aqui”.

Versátil

“Vai depender do meu esforço e do professor Roger. Cabe a ele a decisão onde jogar. Deixo na mão dele. Não tem problema se for atrás ou na frente. Quero ajudar o Atlético a conquistar título e subir na tabela. Vou dar meu máximo”.

Condições do time

“É normal, como falei com os amigos. O que tem acontecido faz parte. É um time grande. Já estive no Palmeiras, que recebe apoio e críticas. Um time grande briga por títulos. Acompanho desde a Primeira Liga e o Estadual e não há o que falar. Só mostrar dentro do campo”.

Bagagem

“Antigamente era diferente o futebol brasileiro de clubes europeus em relação à disciplina de jogo. Mas vemos treinadores como Roger, o Jair Ventura e o Zé Ricardo, que estudam muito. O Brasil não deve nada em termos táticos. Antes, estava abaixo, mas vejo pelos treinamentos como o professor cobra. Vejo o vídeo das outras equipes como ele quer. No último jogo, contra o Atlético-PR, funcionou bem, e contra o São Paulo nem se fala. Eles estão de parabéns, porque buscaram os três pontos”.

Curinga

“Ganhamos o último jogo, mas a pressão continua. Já estou acostumado, estou com 31 anos. Os nove anos na Alemanha me deram bagagem diferente do que eu tinha quando estava no Palmeiras. Vocês vão me ver me doando ao máximo no campo”.

Reencontro com o Leonardo Silva

“O Leo não envelhece nunca. Nos encontramos há 10 anos, os dois um pouco experientes. Temos uma relação boa, ficamos um tempo sem se falar, faz parte da vida, nos distanciamos um pouco. Mas quando assinei, ele me deu dicas do que temos em Minas e da torcida. É um prazer reencontrar com o Leonardo Silva. Éramos jovens no Palmeiras e agora ele é um pouco mais experiente do que eu. É um prazer encontrá-lo”.

Aprendizado no futebol alemão

“A disciplina tática foi fundamental. Mas nunca tive problemas fora do campo. Nunca ouviram falar do Roger fora de campo. Foi difícil, com inverno rigoroso. Volto mais experiente e calejado. Espero ajudar meus companheiros, como Yago, Ralph e o Carioca. Espero ajudá-los”.

Cobrador de falta

“Depende do momento. Cazares e Otero vivem grande momento. É o treinamento. Depende do dia que se encontra. Um dia eles estarão melhores. Isso não tem a mínima importância, igual quem faz o gol ou quem cobra a falta. Não é prioridade. Vou continuar treinando”.

Ansiedade pela estreia

“Tinha conversado com o presidente. Queria ter vindo para o Estadual e não queria sair pelas portas do fundo na Alemanha. Mas a ansiedade é grande. O presidente me falou 'muito obrigado contra o Paraná' e eu queria estar comprometido com o grupo. Hoje, foi a apresentação e amanhã espero estar liberado para jogar quarta-feira. A família me ajudou. Queria voltar antes, mas o senhor não permitiu. Mas graças a Deus tudo deu certo”.

Liderança

Liderança você não aprende, você nasce. Não preciso de faixa de capitão. Eu oriento e escuto o que ocorreu nas quatro linhas. Espero ser um líder junto com os outros, como o Victor, o Leo, o Luan, com a raça que dá. Cada um é líder do seu jeito. Quero ajudar da melhor maneira possível”.

Ambiente

É um grupo de primeira. Fui bem recebido. A gente aluga um container e não sabe se dará certo. Sou um cara alegre, o Luan é meu vizinho, o Cazares também, é bom ficar perto um do outro, ajudando. Espero só ajudar. Se vou jogar, depende do professor. Mas quero ajudar dentro do campo”.

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