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CLÁSSICO 500

Segurança falha no Horto, e cruzeirenses atiram copos em setor do Atlético

Mandante, Atlético decidiu fechar bares destinados à torcida do Cruzeiro

Redação
PM e segurança privada falharam na segurança, e facilitaram ação de baderneiros - Foto: Renan Damasceno/EM?D. A Press
Mais um clássico no Independência, mais registros de incidentes entre as torcidas. Neste domingo, antes do início do duelo 500 entre Atlético e Cruzeiro, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, torcedores cruzeirenses, posicionados no setor Ismênia superior, atiraram copos de água no setor Galo na Veia, destinado a sócios atleticanos.

Esse tipo de incidente ocorreu nos primeiros clássicos realizados no estádio do Horto, reinaugurado em 2012, mas vinha sendo evitado nas últimas edições. Neste domingo, o policiamento não isolou a área inferior do setor Ismênia superior e permitiu que a torcida do Cruzeiro se posicionasse nos degraus inferiores. Só a partir do momento que copos começaram a ser atirados é que a Polícia Militar reforçou a segurança e bloqueou a área.

Mandante do clássico, o Atlético decidiu fechar bares destinados à torcida do Cruzeiro como retaliação aos copos atirados. Lucas Couto, diretor de administração e controle do clube, explicou a medida. “O que está acontecendo é a falta de educação da torcida visitante. A partir desse momento, todos os bares estão fechados no setor do Cruzeiro, pois estão arremessando copos. A Polícia está dobrando a segurança e a pessoa que arremessar copos será retirada do estádio. Decisão tomada para o restante do jogo. Não vamos reabrir os bares (no setor do Cruzeiro)”, disse o dirigente à Rádio Itatiaia, antes do clássico.
Já o tenente-coronel Frederico, da Polícia Militar, destacou que a corporação enviou número suficiente de profissionais para o clássico, mas atribuiu a falha de segurança à Luarenas, operadora do Estádio Independência. “Gostaria de deixar claro que a PM está presente no estádio com efetivo suficiente para garantir a segurança de todos os torcedores. Queria esclarecer que a Minas Arena (na verdade, LuArenas) tem responsabilidade, com seus seguranças particulares, de providenciar o isolamento entre as duas torcidas”.

Ele assegurou que câmeras posicionadas em pontos estratégicos do estádio poderão identificar os torcedores que atiraram copos na arquibancada inferior. “Aqui em BH, a exemplo de outros locais, temos condição de fazê-lo. A arena tem rede de câmeras, podendo acompanhar ao vivo o que está acontecendo, e a partir do momento que temos identificação positiva dos torcedores, ele é prontamente retirado do estádio”.

O representante da PM disse ainda que, em clássicos futuros, esse tipo de incidente será evitado. “Não posso falar sobre o planejamento (que houve falhas), o fato é que nosso planejamento vai bem até o momento. A PM vai se antecipar em eventos futuros, vão entrar em contato com integrantes da Minas Arena (na verdade, LuArenas), para evitar que aconteça em eventos futuros”.

Em 2013, Atlético e Cruzeiro perderam mandos de campo por incidentes parecidos. Durante o clássico com mando do Galo, torcedores cruzeirenses atiraram objetos no setor inferior e também brigaram entre si. A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) entendeu que, como mandante, o Atlético não conseguiu coibir atos violentos. Por isso, puniu o clube com multa de R$ 20 mil e perda de um mando. Visitante, o clube celeste pagou multa de R$ 40 mil e jogou fora de seus domínios em duas partidas.