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Decisão? Partida contra o Palmeiras ganha em importância e coloca em jogo conceitos de Rogério Micale para o Atlético

Equipe alvinegra encara confronto direto como chance de entrar de vez na briga por vaga na Copa Libertadores da próxima temporada

João Vitor Marques
Partida vale muito por conta da tentativa do técnico Rogério Micale de implementar de vez os conceitos - Foto: Bruno Cantini/AtléticoAquela lógica de que todas as rodadas do Campeonato Brasileiro possuem o mesmo valor não tem servido para os jogadores do Atlético. Os três pontos em disputa são os mesmos, claro. Mas a partida do próximo sábado, contra o Palmeiras, ganhou em importância no elenco alvinegro.

Justifica-se. Afinal, o décimo colocado Atlético luta pela sonhada vaga na Copa Libertadores de 2018. E o Palmeiras também está nessa briga. Na quarta posição, o time paulista somou 36 pontos - sete a mais que o rival mineiro.

Pela chance de diminuir a desvantagem, Fábio Santos trata o jogo como decisão. Para o lateral-esquerdo, a hora é de compensar os pontos perdidos em casa na primeira metade da competição.

“Não podemos mais perder pontos. Temos que somar o maior número possível. É um concorrente direto, vamos tentar diminuir essa desvantagem. Diminuir essa diferença para o restante do campeonato”, pontuou.

Titular da outra ala, Marcos Rocha reforçou o discurso. O lateral-direito está suspenso e não enfrentará o Palmeiras. Mesmo assim, compreende a necessidade de se aproximar do grupo de cima da tabela.

“Em momento nenhum chegamos a pensar em rebaixamento. Temos ainda 16 rodadas, o que nos dá possibilidade de brigar pela vaga na Libertadores. Quem sabe a sexta Libertadores consecutiva”, disse Marcos Rocha.

Conceitos em jogo

Além dos três pontos, a partida contra o Palmeiras também importa muito para o Atlético por conta da tentativa do técnico Rogério Micale de implementar de vez os conceitos pensados para o time.

Entre eles, chama atenção a marcação alta. A ideia é encurralar o time rival, recuperar a bola já no campo de ataque e partir para o momento ofensivo.

“O trabalho do Micale vem dando resposta. Esse tipo de marcação a gente trabalha bastante nos treinamentos. A maioria (dos treinamentos) é marcando setor, pressão. Está nos dando uma certa tranquilidade, especialmente dentro de casa, para marcar pressão a equipe adversária. Pela qualidade técnica, a gente é favorecido com esse tipo de jogo”, avaliou Marcos Rocha.
Tempo maior de treinamento deixa parte coletiva do time em outro patamar, na visão de Fábio Santos - Foto: Bruno Cantini/Atlético
Fábio Santos atribui o bom momento da equipe (que conseguiu três vitórias consecutivas) ao tempo maior para treinar.

“Micale teve semanas produtivas de trabalho, passou a maneira como entende de futebol. A gente tem tentado entender. Semanas abertas dão tranquilidade para trabalhar, principalmente depois de vitórias”, disse.

O Atlético enfrenta o Palmeiras no próximo sábado, às 16h, no Independência. Depois, o time encara dois times que lutam contra o Z4: Avaí, em Florianópolis, e Vitória, em Belo Horizonte. Em seguida, o compromisso será fora de casa contra o Atlético-PR - oitavo colocado e outro rival direto na briga pela vaga na Libertadores.