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Nepomuceno fala em 95% de adesão do Conselho ao projeto da arena do Galo e cobra presença em votação: 'Ninguém pode fugir'

Proposta da diretoria será analisada nesta segunda-feira, na sede do clube

Redação
Daniel Nepomuceno falou sobre a expectativa para a votação do projeto do estádio do Atlético - Foto: Gladyston Rodrigues/EM
O presidente do Atlético Daniel Nepomuceno vive a expectativa da votação do projeto de construção do estádio próprio do clube, marcada para esta segunda-feira. O mandatário se mostrou confiante quanto à aprovação pelo Conselho Deliberativo, mas cobrou a presença dos conselheiros no pleito. Afinal, é necessário que 260 dos 390 membros se posicionem favoravelmente para que a proposta da diretoria alvinegra seja legitimada. Em termos práticos, as ausências contam como votos negativos.

“É só mais uma etapa, talvez a mais importante, porque a etapa do Conselho vai decidir se vai continuar com o projeto. Muda a história do clube. O estádio da maneira como apresentamos, com muita transparência, com 95% de adesão do Conselho. A gente tem que pedir que os conselheiros amanhã a partir das 8h30 estejam presentes, porque um assunto desses ninguém pode fugir. Tem que chegar, se dedicar.
Esse projeto não é de uma pessoa, é de todos os conselheiros, de toda a diretoria. Espero que o quórum amanhã seja suficiente para a gente debater e aprovar”, disse Nepomuceno em entrevista à rádio Itatiaia.

Além do projeto do estádio, outra votação agita os bastidores do Atlético: a presidencial. Daniel Nepomuceno evita falar em reeleição, especialmente às vésperas da decisão sobre a arena.

“Não podemos confundir. Infelizmente, esse projeto (do estádio) atrasou um pouco por várias questões e caiu num ano eleitoral. Não pode, de forma nenhuma, ser base para política da minha eleição ou de diretores que estão com a gente. O importante é manter o trabalho que a gente faz, de substituir o Kalil. Ver o estádio como algo independente. Estádio é para a torcida, para prosperar, não simplesmente para uma bandeira (política). Vi muito ataque ao projeto pensando em ser situação ou oposição. Conselho tem que aprovar se acreditar que vai ser bom para o Galo”, completou.

O projeto

A proposta para a construção do estádio multiuso tem sido avaliada e preparada pela diretoria do Atlético desde a gestão de Alexandre Kalil, que terminou em 2014. O projeto ganhou forma quando o clube já era comandado por Daniel Nepomuceno.

O estádio, com capacidade para 41.800 torcedores, ficaria localizado no bairro Califórnia, Região Noroeste de BH. A obra está orçada em R$ 410 milhões. Para bancar a construção, o clube planeja receber R$ 60 milhões pela venda dos naming rights para a MRV e R$ 100 milhões com a negociação de cadeiras cativas (60% deste valor está garantido pelo BMG). 

Os outros R$ 250 milhões se referem à venda de 50,1% do Diamond Mall, shopping localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Essa seria a contribuição do clube com a construção.

A venda de parte do shopping é o ponto mais polêmico do projeto. A oposição alega que os lucros com o shopping aumentariam a partir de 2026, quando o clube, por contrato, voltaria a ter direito a 100% da receita bruta do Diamond. Atualmente, a porcentagem anual destinada ao Atlético é de 15% - o que correspondeu a R$ 8,7 milhões em 2016. O restante fica com a Multiplan, empresa que administra o Diamond Mall.

O projeto do estádio, por outro lado, defende que o mercado de shopping centers tem caído anualmente em função do comércio online. Por isso, a venda seria positiva. Se a negociação for aprovada pelo Conselho Deliberativo do Atlético, o clube ainda ficaria com 49,9% do Diamond e teria o poder de veto garantido. Nos próximos quatro anos (período para a construção do estádio), a porcentagem da renda bruta destinada ao clube se manteria.
 
Leia, abaixo, o projeto apresentado pela diretoria do Atlético:

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