As perdas do clube por ficar fora da Libertadores começam na arrecadação com as cotas de participação dadas pela Conmebol. Em 2017, o Galo recebeu R$ 5,7 milhões por ter jogado a fase de grupos e ainda teve cerca de R$ 3,5 milhões com bilheterias em casa na mesma fase. Nas oitavas de final, o Atlético ainda recebeu R$ 2,3 milhões da entidade e pouco mais de R$ 900 mil com venda de ingressos contra o Jorge Wilstermann, no Mineirão. O “prejuízo” pode ser maior tendo em vista que a Conmebol tende a dobrar a premiação dos participantes em 2018 em relação a 2017.
A diminuição na arrecadação levará o clube a mudar o planejamento de formação do grupo. Depois de investir em medalhões, como Elias, Fred e Robinho, o Galo tende a economizar, optando por jogadores da base e que não custam muito aos cofres. Os mineiros farão projeto parecido ao de Corinthians, Grêmio e Santos, que estipularam um teto salarial fixo em anos anteriores. Com queda estimada de 20%, a folha de 2018 girará entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões.
Quem vai liderar esse processo é Sergio Sette Câmara, eleito de Daniel Nepomuceno na presidência do clube. O sucessor já entrará com a incumbência de levar a equipe de volta aos trilhos. Com contrato até dezembro 2018, técnico Oswaldo de Oliveira continuará no cargo.
PREMIAÇÃO MENOR
As cotas de participação na Copa Sul-Americana são bem inferiores às da Libertadores. Na primeira fase, cada equipe recebe em torno de R$ 780 mil. Nas oitavas de final, esse valor cresce para R$ 1,1 milhão e o campeão recebe pouco mais de R$ 6 milhões. Assim como em 2017, as fases finais da competição vão coincidir com a reta decisiva do Campeonato Brasileiro e incluirão os eliminados na fase inicial da Copa Libertadores.
Sem a Libertadores, o Galo deve focar na conquista do Campeonato Brasileiro, que bateu na trave em 2012 e 2015, quando a equipe foi vice-campeã. Em 2017, a equipe foi prejudicada pelo baixo aproveitamento em casa, chegando a ter vencido apenas dois dos 10 jogos no primeiro turno.
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