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Pé fora da forma: dos '12 grandes', Atlético é o segundo que mais precisa finalizar para fazer um gol na temporada

Equipe alvinegra balançou as redes oito vezes em sete jogos em 2018

João Vitor Marques Rodrigo Melo
Conhecido pelo chute 'venenoso', o venezuelano Otero ainda não balançou as redes em 2018 - Foto: Bruno Cantini/Atlético

Em entrevista nessa sexta-feira, Thiago Larghi avisou: quer um Atlético ofensivo no clássico contra o América. Mas, além do domínio esperado pelo treinador interino, a equipe alvinegra precisa transformar o volume de jogo em gols. Afinal, o time até cria oportunidades, mas não consegue ter tanta eficiência na hora de finalizar.

Dentre os chamados '12 grandes' do futebol brasileiro, o Atlético é o segundo time que mais vezes precisa chutar para balançar as redes adversárias nesta temporada (veja no gráfico abaixo). Até o momento, a equipe alvinegra finalizou 86 vezes em 2018 - 34 certas e 52 erradas. Em sete jogos (seis no Campeonato Mineiro e um na Copa do Brasil), foram oito gols marcados.


O Atlético precisa finalizar 10,75 vezes para alcançar o objetivo. O primeiro colocado da lista é o Fluminense, com 11,1 chutes por gol marcado. Os números do time tricolor melhoraram substancialmente após a goleada por 5 a 0 sobre o Salgueiro-PE, nessa quinta-feira, pela segunda fase da Copa do Brasil. Antes, a média dos cariocas era de 18,8.

Além de ter um aproveitamento ruim das finalizações, o Atlético é o segundo pior em média de gols marcados por partida.
A equipe alvinegra balança as redes rivais 1,14 vez por jogo - número pouco superior ao do São Paulo (1,12).

Apesar de não ser um dos grandes responsáveis pela criação de jogadas ou de finalizações, o volante Adilson detectou o problema na hora de concluir a gol. Em entrevista na cidade do Galo, o atleta analisou o momento de instabilidade do time alvinegro.

“Temos que aproveitar melhor as oportunidades, porque criamos bastante. No último jogo, se não me engano, foram 26 finalizações e fizemos apenas um gol. Demonstra a intensidade que a gente teve, de jogar para vencer e balançar as redes o maior número de vezes possível, mas não aconteceu. São detalhes”, disse.

Para mudar esse cenário, o Atlético conta com jogadores que já demonstraram boa capacidade de finalização. São os casos, por exemplo, de Otero, Ricardo Oliveira e Erik. O venezuelano, inclusive, é o atleta do elenco que mais vezes chutou na temporada. Foram 23 tentativas - nove delas em direção aos gols defendidos pelos goleiros rivais. Ele, entretanto, ainda não balançou as redes em 2018.

A ideia de Thiago Larghi, que comanda a equipe pela segunda vez consecutiva, é que o time transforme a ofensividade em eficiência na hora de finalizar as jogadas.

“Uma das características do Atlético é ter um futebol ofensivo, de protagonismo. Dentro dos devidos cuidados que requer a partida, porque sabemos que do lado do América tem uma equipe muito bem montada pelo Enderson, uma equipe muito equilibrada. Tem uma sequência de trabalho, de mais de um ano no comando. Vamos tentar ser ofensivos, protagonistas, como essa camisa aqui pede. Mas vamos tomar os devidos cuidados, porque sabemos que tem uma grande equipe do outro lado”, disse o interino.

O melhor

Paulão (c) comemora primeiro gol marcado pelo Vasco na goleada por 4 a 0 sobre o Jorge Wilstermann - Foto: MAURO PIMENTEL

O Vasco tem os números mais positivos na relação ‘finalização x gols marcados’.
A equipe carioca fez impressionantes 18 gols em oito partidas (média de 2,25). Os comandados de Zé Ricardo chutaram 94 vezes na temporada. Ou seja: precisam de apenas 5,22 tentativas para balançarem as redes rivais.

Apesar de as equipes consideradas nesta matéria disputarem torneios diferentes, todas - com exceção de Grêmio e Flamengo, que se reapresentaram posteriormente - tiveram praticamente o mesmo tempo de preparação para estaduais, Copa do Brasil e playoffs da Libertadores. A hora, agora, é de o Atlético melhorar o rendimento para, enfim, deixar as turbulências de lado.
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