Thiago Larghi prometeu utilizar força máxima nos jogos restantes da primeira fase do Mineiro - Foto: Bruno Cantini/AtléticoAs coisas não saíram bem como o planejado, e o Atlético vive um momento pouco usual no Campeonato Mineiro. Em nove rodadas, foram ‘apenas’ 12 pontos conquistados. O quarto lugar na tabela de classificação - atrás de Cruzeiro, América e Tupi - obriga a comissão técnica alvinegra a fazer contas. O objetivo: buscar a melhor posição possível ao fim da primeira fase para ter vantagens no mata-mata.

Mas qual é a real situação do Atlético a duas rodadas do término da etapa classificatória do Mineiro?

O Atlético já registrou, em 2018, o pior aproveitamento do clube na primeira fase do estadual desde 2004 - ano em que o formato de disputa atual foi estabelecido. Essa marca independe dos resultados dos dois próximos jogos.

O time alvinegro pode chegar até, no máximo, 18 pontos. A pior campanha do Atlético nos últimos 14 anos na fase classificatória foi registrada em 2005. Naquele ano, o Galo avançou à semifinal como quarto colocado, com 19 pontos. Logo no primeiro mata-mata, caiu ante o Cruzeiro, que viria a perder a decisão para o Ipatinga.

De 2004 para cá, o regulamento mudou e teve, por exemplo, alterações no número de classificados para os ‘playoffs’. A primeira fase com 11 jogos e turno único se manteve durante todo o período.

Se vencer as duas próximas partidas, o time alvinegro chegará ao mata-mata com 54,54% de aproveitamento de pontos. Este, entretanto, é o melhor dos cenários.

Histórico não entra em campo. Justamente por isso, o Atlético volta as atenções para os jogos contra Uberlândia (no Parque do Sabiá) e Tombense (no Independência). A chance de ficar fora do ‘G8’, que engloba os times que avançam à próxima fase, existe. A distância para o nono colocado Villa Nova é de dois pontos.

A principal preocupação da comissão técnica, entretanto, é com os times de cima da tabela. O líder Cruzeiro, com 25 pontos, é inalcançável. Já a segunda posição é uma meta possível, mas bastante desafiadora.

O vice-líder é o América, com 17 pontos. Para superar o rival, o Atlético precisa vencer as duas e torcer por tropeços do adversário. O Coelho poderia, no máximo, somar um ponto contra Caldense e Villa Nova.

O objetivo mais viável no momento é alcançar a terceira posição para, eventualmente, evitar um clássico contra o Cruzeiro já na semifinal. O confronto ocorreria caso o Atlético terminasse a fase classificatória em quarto lugar e, em seguida, os quatro primeiros avançassem ao segundo mata-mata.

Para evitar o clássico ‘precoce’, é preciso superar o Tupi, que soma 13 pontos - um a mais que o Atlético. O time de Juiz de Fora encara Tombense e Democrata-GV nas duas últimas rodadas.

Empate em pontos tende a deixar o Atlético à frente. Afinal, o Galo tem quatro gols de saldo - contra dois negativos do Tupi. Clique aqui para ver a tabela completa do Campeonato Mineiro.

Estar melhor colocado garante vantagem ao Atlético no mata-mata. Os quatro primeiros colocados têm o direito de jogar em casa o confronto das quartas de final. Na semifinal, a vantagem de decidir a classificação em casa é do time com campanha superior, que ainda pode contar com dois empates ou uma vitória e uma derrota pelo mesmo saldo de gols para chegar à final.

Nesta quinta-feira, às 19h15, o Atlético enfrenta o Uberlândia. O jogo, no Parque do Sabiá, coloca frente a frente um grande do futebol nacional contra uma equipe que luta contra o rebaixamento no Campeonato Mineiro.

Atualmente, o Uberlândia ocupa a penúltima colocação, com nove pontos. Apesar de estar mal posicionado na tabela, o time do interior também briga por uma vaga nas quartas de final. A distância para o oitavo colocado é de apenas dois pontos.

A última rodada reserva um duelo contra o Tombense, neste domingo, às 17h, no Independência. A equipe de Tombos ocupa atualmente a quinta colocação, com o mesmo número de pontos do Atlético (12). A diferença entre os times é o saldo de gols (quatro contra um).