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Desempenho dos reservas do Atlético nos jogos está muito abaixo dos titulares

Em várias posições há apenas um suplente, e sem experiência

postado em 20/04/2018 09:38 / atualizado em 20/04/2018 09:41

Bruno Cantini/Atlético

Virou senso comum dizer que no futebol é preciso ter um grupo de qualidade de 20 a 30 atletas para lutar com os concorrentes e chegar aos títulos de expressão. No caso do Atlético, que ainda busca o encaixe ideal dos 11 titulares, há também a preocupação com as peças de reposição para os principais jogadores. Pelas exibições de 2018, o nível técnico caiu quando foi necessário utilizar vários dos reservas em determinados jogos pelo Estadual ou pela Copa do Brasil.

Foi o caso do empate por 2 a 2 com o Ferroviário, em Fortaleza, que confirmou o time alvinegro nas quartas de final. Com time quase todo suplente, os cearenses abriram facilmente 2 a 0 no placar ainda no primeiro tempo. Para melhorar a performance da equipe, o técnico Thiago Larghi precisou mandar para o jogo o zagueiro Gabriel e o meia-atacante Luan, que melhoraram a produtividade na partida.

Em algumas posições, a falta de um reserva à altura é motivo de preocupação, tendo em vista a maratona de jogos do Galo pelo Brasileiro, pela Copa do Brasil ou mesmo pela Copa Sul-Americana. Um exemplo é a lateral esquerda, cujo dono é Fábio Santos, um dos mais regulares da equipe. Sem ele em campo no Nordeste – levou pancada na cabeça e foi preservado pelos médicos –, Larghi recorreu ao volante Lucas Cândido, que não jogava há mais de um ano e teve de ser improvisado. O outro lateral-esquerdo do grupo ainda é uma aposta: Kevin, de 18 anos, que veio do Grêmio Audax e tem poucos jogos como profissional. Curiosamente, a diretoria emprestou três atletas da posição a outros clubes: Leonan, Danilo e César.

No gol, o ídolo Victor convive com a falta de um substituto de confiança. Os ex-juniores Cleiton e Michael têm pouca experiência na equipe. Na zaga, o capitão Leonardo Silva, que se recupera de lesão, tem sido substituído por Bremer, que agrada à comissão técnica. Para substituir Gabriel, há Felipe Santana e Matheus Mancini, cujas atuações foram criticadas na temporada. No meio-campo, o equatoriano Cazares, também machucado, não tem um reserva com o mesmo estilo. É necessário que Thiago Larghi recorra a Luan, Tomás Andrade ou mesmo Otero – os dois últimos não agradaram na função.

No setor ofensivo também há problemas. O centroavante Ricardo Oliveira tem Alerrandro, de 18 anos, como reserva. O prata da casa teve atuação satisfatória contra o Ferroviário ao dar assistências para os gols de Róger Guedes e Gustavo Blanco. Mas perdeu três chances claras. Para as posições de lado, Róger Guedes e Erik alternaram boas e más atuações no ano e não estão no mesmo nível dos titulares Otero e Luan.

Dos reservas, nenhum está com a cotação tão alta quanto Blanco. Depois de ser o capitão e fazer seu primeiro gol pelo alvinegro, ganha prestígio para lutar pela vaga com Elias, que vem oscilando. “O Blanco tem sido o destaque, defendendo e atacando, e é opção para a gente”, destacou Thiago Larghi. Nesse ano, ele foi titular cinco vezes, duas com a formação principal: na goleada sobre o Ferroviário, em Belo Horizonte, e na derrota para o Vasco, na estreia no Brasileiro.

ESTREIA EM CASA Os principais jogadores tendem a voltar ao time alvinegro contra o Vitória, domingo, às 16h, no Independência, na estreia em casa na competição por pontos corridos. Fica a expectativa pelo retorno de Fábio Santos à equipe, desde que passe no exame clínico e tenha se recuperado de pancada na cabeça.

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