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Feliz com nova oportunidade, Denílson admite: 'A camisa 9 do Atlético pesa muito'

Atacante foi apresentado pelo clube nesta terça-feira, na Cidade do Galo

postado em 26/06/2018 18:10 / atualizado em 27/06/2018 00:14

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
A camisa 9 do Atlético já foi vestida por grandes nomes da história do clube, como Dadá Maravilha, Reinaldo, Marques e Diego Tardelli. Atualmente, Ricardo Oliveira é o dono dela. Mas o novo reforço alvinegro também está de olho nela. O jovem atacante Denílson, de 22 anos, foi apresentado pelo clube nesta terça-feira e agradeceu a oportunidade na carreira, mais uma em pouco tempo como profissional.

“Essa oportunidade que o Atlético me deu, eu tenho que ter a gratidão. É uma oportunidade que eu estava esperando há muito tempo. Venho trabalhando há muito tempo para conseguir essa oportunidade. Estou muito feliz. Espero retribuir da melhor forma possível tudo o que o Atlético tem feito por mim. Eu tirei muitas lições de oportunidade. A vida é feita de oportunidades, e você tem que aproveitar da melhor forma possível. É muito difícil receber uma oportunidade novamente, igual estou recebendo no Atlético. Passei pelo São Paulo. Tive passagem curta, mas não tão proveitosa. Eu não aproveitei a oportunidade que eu tive no São Paulo. Já no Atlético, quando cheguei aqui, até conversei com o Ricardo (Oliveira), que é de arrepiar a estrutura, o grupo. É fundamental na vida do atleta ter uma estrutura boa, não dizendo que o São Paulo não tem estrutura boa, mas que a convivência com os companheiros é boa, isso ajuda também dentro de campo. Aqui no Atlético vai ser o ano da minha vida. Vai ser o ano da minha vida. Já está dentro de mim o que eu posso dar e o que eu vou dar aqui no Atlético”, destacou Denílson, que já passou por vários clubes.

Formado nas categorias de base do Fluminense, Denílson se transferiu para o Granada em 2015. Não se firmou no clube espanhol, e foi emprestado a Neftchi, do Azerbaijão, na temporada 2017. No mesmo ano, defendeu o Avaí e teve passagem apagada pelo São Paulo. Neste ano, ele defendeu o Vitória e marcou 11 gols em 27 partidas. O atacante pode atuar nos lados do campo e como centroavante.

Sobre a camisa 9, Denílson tem inspiração em um centroavante que fez muito sucesso no clube: Jô (que usava o número 7), que defendeu o Galo entre 2012 e 2015, sendo, inclusive, artilheiro da Copa Libertadores de 2013, conquistada pelo Alvinegro. Ele também ressaltou a importância de jogar com Ricardo Oliveira, que é considerado pelo jovem atacante como ‘pai’.

“Vou ser sincero que sim... A camisa 9 no Atlético pesa muito, até porque desde criança venho acompanhando o Atlético, desde agora, nessa nova geração, que foi o Jô. Me encantava assistir ele jogar, junto com os outros companheiros. E eu tenho um espelho no Atlético hoje. Como todos sabem, o Ricardo Oliveira, para mim, é um pai no futebol que Deus me deu. Com ele, venho aprendendo fora de campo, com ele eu venho aprendendo bastante dentro de campo também. Espero alcançar um nível muito grande aqui no Atlético e, quem sabe, ser o futuro camisa 9 do Atlético”, ressaltou, relembrando o início da amizade com o ‘Pastor’.

“Minha história com o Ricardo Oliveira é desde o passado, porque, quando cheguei no São Paulo, criamos uma afinidade muito grande. Eu vivia na casa do Ricardo Oliveira. A gente conversava, no celular. Quando acabou o jogo, ele me chamou para conversar, porque fazia tempo que a gente não conversava. Ele foi feliz ao colocar também sobre o meu extra-campo. Ele veio perguntar o que estava acontecendo. Ele colocou várias coisas, coisas ocultas nossas. Vejo que hoje eu aprendi. Essa oportunidade que estou tendo agora é para me mostrar que o que passou (está) no passado, que é para eu fazer diferente no futuro”.


Confusão ficou no passado

Com a camisa do Vitória, Denílson se envolveu em uma briga que repercutiu nacionalmente. Em 18 de fevereiro, Vitória e Bahia se enfrentaram pela sexta rodada do Estadual. O novo atacante do Atlético abriu o placar aos 33’ do primeiro tempo e levou ao delírio a torcida rubro-negra, que ocupava 90% do Barradão.

Aos 4’ do segundo tempo, foi a vez dos 10% restantes comemorarem. De pênalti, Vinícius empatou. Ao festejar, partiu em direção à torcida do Vitória, fez uma dancinha - gesto tradicional do meia após marcar gols -, apontou o dedo para os rubro-negros e disse: ‘Eu sou pi**”.

A reação foi imediata. O goleiro Fernando Miguel, que atualmente defende o Vasco, não gostou e foi tirar satisfações. Daí em diante, uma confusão generalizada tomou o gramado do Barradão. Kanu, Yago e o próprio Denílson dispararam socos contra Vinícius. Em outras partes do campo, mais atletas brigavam. Tudo isso durante um Ba-Vi em que, minutos antes de a bola rolar, os jogadores se manifestaram, juntos, contra a violência. No fim das contas, foi decretado W.O. e triunfo tricolor por 3 a 0.

Pela atitude durante a briga, Denílson foi expulso e, posteriormente, considerado culpado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que o aplicou suspensão. Vinícius foi à Central de Flagrantes, em Salvador, e prestou queixa contra o atacante por agressão.

Para Denílson, tudo ficou no passado. “O que passou (está) no passado. Eu creio, colocando diante de todos, que foi uma fatalidade, coisa do futebol, isso pode acontecer. No extra-campo, creio que melhorou bastante. Até porque eu tenho grandes amigos no futebol, me passaram bastante experiência também. O que aconteceu no Ba-Vi, que muitos estavam me perguntando, creio que no clássico tudo pode acontecer. O que aconteceu naquele clássico já passou. Eu admiti meu erro, sei que foi uma atitude horrível da minha parte. Minha família também sentiu. Mas passou, admiti meu erro. Espero que nunca, nunca mais na minha carreira possa acontecer isso para mim”, concluiu.

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