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Luan e Cazares precisam mostrar mesma produtividade como titulares para reconquistar vaga no time do Atlético

Jogadores foram decisivos na vitória do Galo sobre o Santos, no domingo

Roger Dias
Destaques na vitória sobre o Santos, Cazares e Luan estão amargando a reserva na equipe alvinegra - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

A importante vitória por 3 a 1 sobre o Santos, no Independência, que ajudou o Atlético a ganhar fôlego no Campeonato Brasileiro, teve o toque de dois jogadores que saíram do banco de reservas. Antes titulares do alvinegro, Cazares e Luan conseguiram dar dinâmica maior ao time de Thiago Larghi e foram responsáveis pelas assistências para os gols de Ricardo Oliveira no segundo tempo. Agora, os dois têm um desafio em comum: render desde o início na mesma proporção em que são úteis no decorrer das partidas.

Um dos mais longevos do grupo, Luan perdeu a posição justamente diante do Peixe, depois de quatro jogos consecutivos como titular. Vinha atuando mais centralizado, com a função de buscar a bola na defesa e distribuí-la entre os jogadores de frente, mas caía de rendimento na etapa complementar. E o motivo aparentemente não é questão física: a comissão técnica atleticana garante que ele já se livrou das sérias lesões e está no nível dos companheiros.

Luan brinca com o fato de ser muitas vezes o salvador da pátria nos jogos e também comenta sobre Cazares: “Sempre o escolhido é o Luan para poder entrar e fazer alguma coisa. Faz parte. Mas o Cazares também entrou bem e deu uma assistência contra o Santos. Cazares é um jogador espetacular e todos sabem da sua capacidade.
Basta ele querer, e ele quer. No dia a dia vemos isso. Precisamos colocá-lo para cima para que possa render o que sabe que rende”.

Desde 2013 no clube, ele admitiu, em entrevista ao programa Bem, amigos!, do Sportv, ficar insatisfeito quando é substituído, o que ocorreu em 33 das 37 vezes que entrou em campo neste ano – em confrontos por Mineiro, Sul-Americana, Copa do Brasil e Brasileiro. “Procuro sempre fazer o que é treinado durante a semana. Mas atrapalha um pouco, sem dúvida alguma (deixar o campo). Porque de repente você é escolhido para ser substituído e fica um pouco chateado. Treina a semana inteira naquela posição, faz o melhor para o time, aquilo que o treinador pede, e isso incomoda o jogador de alguma forma”.

Concorrência

As críticas da torcida sobre Cazares como titular recaem no que os torcedores chamam de falta de comprometimento com a equipe. Nas oportunidades em que entra no segundo tempo, quando os adversários estão mais cansados, ele consegue explorar melhor suas virtudes.
O armador, de 26 anos, esteve perto de se transferir para o futebol árabe, mas não houve acordo. Assim, voltou a fazer parte dos planos de Thiago Larghi no Brasileiro. Contudo, atuou em apenas dois dos seis jogos do Galo pós-Copa do Mundo, em ambos saindo do banco de reservas.

Se antes o equatoriano era uma das poucas peças criativas do grupo, agora ganhou a concorrência do jovem Nathan, de 23 anos, contratado recentemente, que também tem como característica a boa visão de jogo e os lançamentos precisos. O ex-armador do Chelsea foi titular pela primeira vez diante do Santos e ganhou elogios de Larghi.

O treinador vê possibilidade de crescimento de Cazares: “Primeiramente, isso depende dele. É o jogador que busca isso. E o Cazares está trabalhando, já que a negociação não aconteceu.
O foco dele voltou a ser o Atlético. E, a partir do momento em que ele está focado e está trabalhando, o resultado vai aparecer, ele vai fazer partidas boas e vai ajudar o nosso time a atingir os objetivos”.

Ainda não há sinal de que a dupla ganhará chance como titular diante do Botafogo no domingo, às 16h, no Engenhão, no encerramento do turno. A tendência é que Larghi dê sequência à formação usada a fim de aprimorar o entrosamento entre as peças ofensivas.
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