A diretoria do Atlético começa a planejar o futuro dos quatro reforços contratados em janeiro que terão os compromissos encerrados no fim deste ano. Se a intenção inicial do clube é estender o vínculo do zagueiro Iago Maidana, do volante Matheus Galdezani e do armador Tomás Andrade, o mesmo não se pode dizer do zagueiro Juninho, com direitos econômicos ligados ao Palmeiras. O jogador de 23 anos ficou fora da lista de relacionados dos últimos três jogos, o que leva a crer que dificilmente permanecerá na Cidade do Galo.
As chances de o atleta atuar diminuíram muito depois de ele cometer erro bisonho na derrota para o Palmeiras por 3 a 2, em julho, em São Paulo – foi tentar acertar um chute de pé direito dentro da área, mas acabou furando a bola e a entregou nos pés do armador Moisés, que fez o gol. Depois disso, Juninho só voltou a atuar no empate por 2 a 2 com o Bahia, na Fonte Nova, improvisado como lateral-esquerdo (Fábio Santos estava machucado nesse confronto).
No total, foram apenas quatro jogos com a camisa do Galo, com apenas uma vitória (contra o América, no turno do Brasileiro), um empate e duas derrotas. Nos jogos que o time perdeu, ele atuou em sua posição habitual, formando dupla com o prata da casa Gabriel, mas sofreu pesadas críticas da torcida.
O diretor de futebol Alexandre Gallo afirma que a ausência de Juninho nos últimos jogos é opção exclusivamente da comissão técnica: “As definições são sempre do Thiago. Todo atleta tem seu momento. Ele é um bom profissional, tem treinado bem, se dedicado bastante. As escolhas são do treinador. O bom relacionamento do grupo com quem está fora e com quem joga é mérito do Thiago. É algo muito normal do futebol”.
Atualmente, o Galo tem Leonardo Silva e Maidana como titulares e, além de Juninho, conta com Gabriel, Matheus Stockl e o uruguaio Martín Rea como suplentes. O crescimento de Maidana, que se tornou titular a partir da derrota para o Internacional por 1 a 0, no início de agosto, diminuiu o espaço de Juninho, assim como dos demais.
Defensor baixo
Revelado pelo Coritiba, Juninho fez seu primeiro jogo profissional em 2015, com o técnico Ney Franco. Depois de 90 jogos com a camisa do Coxa, o zagueiro foi comprado pelo Palmeiras. O clube paulista investiu 3 milhões de euros (cerca de R$ 10 milhões, na cotação da época) para efetuar a contratação de um dos defensores mais promissores do futebol brasileiro, em maio de 2017. Mas as primeiras apresentações não agradaram ao torcedor. Pelo alviverde paulista, foram apenas 24 jogos (20 como titular) e nenhum gol. A principal crítica dos palmeirenses era em relação à altura do jogador: 1,86m, considerada baixa para um zagueiro.