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Atlético mira na reedição da zaga campeã da Libertadores, mas corre o risco de pagar caro pela retaguarda lenta

Clube negocia retorno de Réver e renovação de contrato de Leonardo Silva

postado em 16/12/2018 15:22

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Reforçar a zaga do Atlético é uma das prioridades do presidente Sérgio Sette Câmara para 2019. O nome que ganha força é o do experiente Réver, de 33 anos, que, depois de quatro temporadas, pode voltar a formar a dupla que ficou conhecida no Galo como “Torres Gêmeas” ao lado de Leonardo Silva, de 39 – que deve estender o vínculo pelo menos até o meio do próximo ano. Juntos, eles conquistaram dois estaduais, a Libertadores’2013, a Recopa Sul-Americana e Copa do Brasil – os dois últimos em 2014, sob o comando de Levir Culpi, que retornou ao Galo nesta temporada.

Mas a busca por um zagueiro experiente com vistas à Libertadores de 2019 pode acabar se tornando uma armadilha para o Atlético, que corre o risco de ter uma defesa envelhecida em um futebol cada vez mais competitivo e que exige intensidade física dos jogadores. O próprio Flamengo, que não renovará contrato com Réver, sentiu o efeito, quando teve ele e Juan (de 39) em sua retaguarda. Com Rhodolfo, outro jogador de estilo lento, as atuações também foram alvo de críticas. A situação melhorou quando Réver passou a atuar com Leo Duarte, de 22, revelado pelo rubro-negro.

Nesta temporada, Réver foi titular e capitão do Flamengo. Disputou 44 partidas e fez dois gols. Ele chegou ao time da Gávea em junho de 2016, depois de um ano e meio no Internacional. Sofreu com lesão no joelho direito e no ombro. O último jogo pela equipe carioca foi a vitória sobre o Grêmio, quando atuou ao lado de Rhodolfo.

Os direitos econômicos dele estão ligados ao Internacional, que também já declarou que não pretende reincorporá-lo a seu grupo. A reportagem tentou contato com diretores do Internacional e com o empresário Fábio Melo, mas não obteve retorno. A diretoria do Atlético não comenta as tratativas.

Réver atuou no Galo entre 2010 a 2015, com 177 jogos disputados. É o segundo zagueiro artilheiro da história alvinegra, com 22 gols, superado apenas por Leo Silva, que marcou 32. Em 2014, com a ascensão de Jemerson e com problemas de lesão, passou a não ser prioridade nos planos de Levir. Depois de atuações irregulares, acabou negociado.

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