Depois de 574 dias, o Atlético finalmente voltará a mandar uma partida no Mineirão. A diretoria alvinegra fez acordo com a Minas Arena - concessionária que administra o estádio - válido por quatro partidas: o clássico com o América, pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro, e os duelos contra Cerro Porteño-PAR, Nacional-URU e Zamora, pela fase de grupos da Copa Libertadores. Mas quais são os termos do contrato? O que o clube precisará pagar?

Em entrevista ao Superesportes, o diretor comercial da Minas Arena, Samuel Lloyd, falou sobre a relação com a diretoria do Atlético e detalhou o acordo. Leia a seguir:

Foi uma relação ‘ganha-ganha’. Boa para o Mineirão e boa para o clube. Sempre quisemos trazer o Atlético de volta, respeitando sempre a decisão da diretoria (do Atlético). Sempre quisemos chegar a um balanço positivo. É uma relação que é boa para as duas partes. A torcida do Atlético precisava de uma arena maior para comportar mais torcedores. Os últimos ingressos (para o jogo contra o Defensor-URU) se esgotaram antecipadamente. O Mineirão é um palco que a competição merece, pois é a principal competição das Américas. O Mineirão virou a casa da Libertadores para os times mineiros. Para a gente, é um motivo de grande alegria, de grande felicidade.

O Atlético não vai precisar pagar aluguel. O Atlético paga por todos os custos e despesas para realização da partida, os custos de empresas terceirizadas, de segurança, de limpeza, de gradeamento de estádio, conta de água e luz do dia da partida. É tudo o que ele precisa contratar para a realização de uma partida. 

De forma geral, são esses os parâmetros. Varia, por exemplo, a quantidade de camarotes disponíveis para o clube. Temos muitos clientes que compram camarotes. Então, isso depende da disponibilidade dos camarotes.

É um pouco mais (que 54 mil), pois vai vender também os ingressos do setor Vermelho Inferior, que, pelo edital de PPP (Parceria Público-Privada), teoricamente poderiam ser da Minas Arena. Isso tem sido uma prática comum no Atlético e no Cruzeiro. O Cruzeiro também tem vendido. Ficamos com um pouco menos para o mineirão. O Atlético ainda não definiu a capacidade de público dele, então ainda não dá para precisar a carga de ingressos do clube. A renda fica com eles. A renda não passa pela Minas Arena.

Somos remunerados através da venda das áreas VIP, camarotes e do setor que chamamos de Mineirão Tribuna. É uma receita que fica com a gente. Somos remunerados também pelo estacionamento e ganhamos uma receita proveniente das vendas dos bares e das lanchonetes. E tem um ganho de imagem, de reputação, de se posicionar como uma arena neutra e multiuso, casa dos clubes.

Não. Estamos dando um passo de cada vez. É avaliar como vai ser esse período de fase de grupos primeiro. É uma decisão importante e corajosa da diretoria do Atlético, diante de um fato novo na atual gestão. Gostaria de fazer um pedido para a torcida. Esse esforço feito por ambas as partes, além de ter benefícios para Mineirão e Atlético, é para atender um anseio do torcedor. Contamos que o torcedor compre de forma antecipada, pois isso comunica que as duas administrações tomaram a medida correta de levar as partidas para o Mineirão. Está sendo preparada uma grande festa. Quem faz a festa são os torcedores.