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Agasalho do Atlético chega às lojas, mas torcedores reclamam do preço e notam diferenças; diretor explica

Jaquetas fabricadas pela Le Coq Sportif estão à venda por R$433

postado em 09/08/2019 14:23 / atualizado em 09/08/2019 15:34

<i>(Foto: Divulgação Atlético/Loja do Galo)</i>
Tão esperado pela torcida do Atlético, o agasalho fabricado pela Le Coq Sportif chegou às lojas. Entretanto, vários torcedores reclamaram do preço elevado das peças  - R$433,99 - e notaram diferenças entre os modelos utilizados pela comissão técnica atleticana em jogos e os colocados à venda.

As jaquetas vendidas nas Lojas do Galo têm o zíper frontal na cor branca, enquanto as utilizadas pela comissão técnica têm o fecho ecler preto. Outro detalhe divergente é o escudo. Nas jaquetas pretas usadas pela comissão, o emblema do Atlético é contornado por uma linha branca, que não aparece nas blusas à venda para o torcedor. Há, ainda, diferença na tonalidade do dourado da linha com a qual é bordado o logotipo da Le Coq Sportif.

Segundo Lucas Couto, Diretor de Operação de Estádios do Atlético, as peças disponíveis nas lojas são diferentes porque são fabricadas no Brasil, enquanto as usadas pela comissão técnica são importadas.

De acordo com diretor, agasalhos semelhantes aos do Atlético encontrados no site da Le Coq Sportif custam, aproximadamente, 95 euros. Ele diz que a conversão desse valor para real e o acréscimo dos tributos de importação tornaria inviável a comercialização do produto no Brasil. Por isso, a confecção está sendo realizada em território nacional.

O escudo tem uma diferença de centímetros e o zíper foi feito invertido. Um agasalho é importado e outro é brasileiro. Um agasalho desses no site da Le Coq custa 95 euros. O euro hoje está R$4,42. E toda vez que se importa, o imposto é o dobro”, afirmou Lucas Couto.O dirigente minimizou as divergências entre os modelos e disse que disse que as peças estão vendendo bem. “Estamos com diferença no zíper e meio centímetro no escudo e está dando essa polêmica toda. (O contorno diferente) É só no preto. No branco está certo. São detalhes muito pequenos. Inclusive estou achando que o agasalho já até acabou nas lojas”.

Lucas Couto exaltou a qualidade do material esportivo do Galo e disse que, com o tempo, as peças das lojas devem se aproximar dos modelos usados nos jogos.

“Cada vez mais próximo. Estamos trazendo uma marca da França para o Brasil. Não tem nem 90 dias que lançamos. E nunca, na história do Atlético, teve tanto material esportivo à disposição do torcedor como tem agora. Camisa de treino, aquecimento, concentração, tudo da mais alta qualidade possível para o torcedor do Atlético. (...) É para comparar com grandes times europeus. No Brasil não tem nenhuma camisa com qualidade igual”, destacou.

Preço alto

O preço das jaquetas da Le Coq é superior ao de outras fornecedoras de materiais esportivos de outros clubes do Brasil. Uma jaqueta do Flamengo, fabricada pela Adidas, custa, no site da fabricante, R$349,00. Agasalhos do Corinthians, fabricados pela Nike, são vendidos no site da empresa por preços a partir de R$179,00.

Lucas Couto justificou que a diferença de preços com relação aos concorrentes se deve à qualidade do material atleticano.

“O agasalho nós fizemos muito próximo da realidade de uma grife que é a Le Coq. O uniforme do Atlético hoje eu brinco que dá pra você ir a um casamento. São coisas bonitas, da mais alta qualidade. Não dá para comparar outras marcas com a qualidade desse agasalho que está nas lojas hoje. É um senhor agasalho. Tem diferenças em detalhes pequenos”, afirmou o diretor.

Reclamações ‘injustas’

O diretor atleticano considerou injustas as reclamações. Segundo ele, há vários pontos positivos a serem destacados na parceria entre Atlético e Le Coq, como a disponibilidade de material de vários modelos e tamanhos.

"Pela primeira vez nós colocamos agasalhos para vender. Não tinha. Nunca tivemos todo o material lançado como tivemos nesta coleção. Camisa 1, camisa 2, camisa 3 à vontade, com todos os tamanhos. Acho uma reclamação muito injusta".

Ele ponderou que o planejamento está sendo colocado em prática aos poucos, mas que existem dificuldades. 

“O primeiro que eu fiz foi convencer a Le Coq a vir para o Brasil. Depois eu convenci a patrocinar o Atlético. Agora nós temos que trazer para o material da Le Coq para o Brasil. As coisas não são simples”, disse Lucas Couto.

Demora para entrega

Um dos grandes questionamentos dos torcedores foi em relação à demora da chegada dos agasalhos às lojas do clube. Nas redes sociais, os atleticanos reclamaram que o material começou a ser vendido já no fim do inverno no Hemisfério Sul - se encerra no dia 23 de setembro. O dirigente entende as críticas, mas afirma que o Atlético chegou a um novo patamar, já que, em coleções anteriores, esse tipo de peça não era disponibilizada.

“Não existe impossível na vida. É que é tudo dentro da correria, dentro das coisas que estamos fazendo. Quanto tempo tem que a torcida do Atlético não tem à disposição todos os tamanhos de camisas de toda a coleção? Ano passado estávamos brigando por causa da camisa preta. Hoje temos tudo nas lojas. Estamos nos aproximando sim, vamos chegar, um dia, à perfeição. Agora o problema é o agasalho, mas o agasalho nunca teve", concluiu.

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