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Atlético expulsa suspeitos de injúria racial do quadro de sócios

Com isso, Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, e Nathan Siqueira da Silva, de 28, não fazem mais parte do programa Galo na Veia

Redação

13 negros que mudaram a história do Atlético

1 - Reinaldo: todo atleticano tem na memória a imagem de Reinaldo, com cabelo black power, e o punho cerrado em riste, gesto característico movimento dos Panteras Negras, que combatiam a discriminação racial nos Estados Unidos na década de 1960. O 'Rei' é o maior artilheiro da história do Atlético com 255 gols. - Arquivo/EM
2 - Ronaldinho Gaúcho: R10, R49, ou Bruxo. Seja qual for o apelido dado a Ronaldinho Gaúcho, fato é que ele é um dos maiores jogadores da história do Atlético e um dos maiores ídolos da torcida. Em 88 jogos com a camisa do Galo, ele marcou 28 gols e foi importantíssimo na conquista da Copa Libertadores de 2013. Ronaldinho ganhou, ainda, a Recopa de 2014 e o Campeonato Mineiro de 2013. - Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
3 - Leonardo Silva: outra imagem inesquecível para o atleticano é do encontro de dois corpos esféricos - a bola branca e a testa negra de Leo Silva. Depois do encontro com esta, aquela foi morrer no fundo da rede aos 42 minutos do segundo tempo da final da Libertadores de 2013, contra o Olímpia, levando o jogo para a prorrogação e pênaltis, e o Galo ao título. Com 36 gols, Leo é o maior zagueiro-artilheiro da história do clube e o defensor que mais marcou gols na história do Campeonato Brasileiro. Ele foi capitão que ergueu a Copa do Brasil de 2014 e ainda ganhou os Mineiros de 2012, 2013, 2015 e 2017, e a Recopa de 2014. - Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
4 - Luisinho: defensor de muita classe, Luisinho é o terceiro zagueiro com mais gols na história do Atlético, com 21 gols, atrás de Réver, com 26, e Leo Silva, com 36. Quem viu Luisinho em campo nos dez anos em que defendeu o Galo, não se esquece do seu estilo refinado de jogar futebol. Ele conquistou nove Campeonatos Mineiros e fez parte da histórica Seleção Brasileira de 1982, na Copa do Mundo da Espanha. Luisinho recebeu duas vezes o prêmio Bola de Prata, da revista Placar, e 11 vezes o Troféu Guará, concedido pela Rádio Itatiaia, dois deles como craque do ano, situação incomum para um zagueiro. - Paulo de Deus/EM
5 - Jô: artilheiro da Libertadores de 2013, com sete gols, Jô foi quem abriu caminho para a vitória do Atlético na final contra o Olímpia, após receber um passe de Rosinei. O camisa 7 ganhou, ainda, os Campeonatos Mineiros de 2013 e 2015, a Recopa e Copa do Brasil de 2014. Apesar de altos e baixos, Jô caiu nas graças da massa atleticana pelos gols e pela parceria com Ronaldinho. As comemorações entre os dois, pulando de peito um no outro, eram um momento esperado e festejado pela torcida nas arquibancadas. - Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
6 - Dario: com ele em campo, não tinha placar em branco. Segundo maior artilheiro do Atlético, com 211 gols, Dario marcou um dos mais importantes da história do clube, contra o Botafogo, no Maracanã, sacramentando o Galo como campeão brasileiro de 1971 (foto). Folclórico e carismático centroavante do futebol brasileiro, Dadá Maravilha é sempre festejado nas ruas de Belo Horizonte, tanto pela torcida do Galo, quanto de outros clubes. Atualmente, ele é um dos representantes do Atlético na bancada do programa Alterosa Esporte, da TV Alterosa. Ele ganhou, ainda, os Mineiros de 1970 e 1978 pelo Atlético, e a Copa do Mundo de 1970, no México, com a Seleção Brasileira. - Arquivo/O Cruzeiro/EM
7 - Humberto Monteiro: foi o lateral-direito campeão brasileiro de 1971 pelo Atlético. Em cinco anos de clube, ele ganhou, também, o Campeonato Mineiro de 1970. Humberto ganhou duas vezes o prêmio Bola de Prata, em 1970 e 1971, como melhor da sua posição. Após um período de dificuldades financeiras, morreu jovem, aos 33 anos, em Belo Horizonte. - Reprodução/Galo Digital
8 - Vantuir: outro campeão brasileiro de 1971, o zagueiro Vantuir fez mais de 500 jogos com a camisa alvinegra. Assim como Humberto Monteiro, ele estava em campo na histórica partida em que o Galo venceu a Seleção Brasileira por 2 a 1, em setembro de 1969, no Mineirão. Como técnico, dirigiu o Atlético em cinco oportunidades, nas décadas de 1980 e 1990. - Arquivo/EM
9 - Barbatana: João Lacerda Filho teve passagens importantes no Atlético dentro e fora de campo. Como jogador, Barbatana fez parte da delegação que excursionou pela Europa em 1950 e retornou com o título simbólico de Campeões do Gelo. Como treinador, foi responsável por descobrir craques como Paulo Isidoro, João Leite e Reinaldo. Barbatana foi o terceiro que mais comandou o Atlético. Durante cinco passagens pelo clube, foram 227 partidas, com 143 vitórias, 56 empates e 28 derrotas. Ao jornal Estado de Minas, Reinaldo rasgou elogios a Barbatana. "O Barbatana foi quem me descobriu para o futebol e me ensinou tudo. Ele foi o melhor treinador que eu tive e que o Atlético já teve. Era estrategista, muito rígido, mas certamente o melhor técnico da história do Galo", afirmou. - Mauricio Carvalho/EM
10 - Ubaldo: para quem reclama de carregar mochila no ônibus, saiba que a torcida do Atlético carregou Ubaldo nos braços do estádio Independência até a Praça Sete, após o título do Campeonato Mineiro de 1954, um dos seis estaduais conquistados pelo centroavante. Oitavo maior artilheiro da história do Atlético, Ubaldo marcou 135 gols em 274 jogos. Por estar servindo o Exército e sem conseguir liberação, Ubaldo não participou da excursão dos 'campeões do gelo' na Europa, em 1950. - Arquivo/EM
11 - Paulo Isidoro: Paulo Isidoro fez história no Atlético nas décadas de 1970 e 1980 e é muito lembrado pelos torcedores que o viram jogar. Foram cinco títulos mineiros conquistados e 98 gols marcados. Carismático, Isidoro é famoso pelos 'causos' da época de jogador. Certa feita, foi surpreendido ao ler no jornal que tinha recebido uma homenagem em Madre de Deus, cidade do interior de Minas. O detalhe é que, no mesmo dia em que foi 'visto e fotografado' na cidade mineira, ele estava em campo pelo Atlético, no Mineirão. - Jorge Gontijo/EM/D.A Press
12 - Tião: Sebastião Rocha fez 283 partidas pelo Atlético e marcou 32 gols. Tião foi campeão brasileiro pelo Atlético em 1971 e esteve em campo defendendo a Seleção Mineira que venceu o Rver Plate por 1 a 0 na inauguração do Mineirão, em setembro de 1965. Pelo Galo, além do Brasileiro, Tião conquistou o Campeonato Mineiro de 1970. - Arquivo/EM
13 - Aílton: artilheiro na conquista da primeira Copa Conmebol do Atlético, em 1992, Aílton balançou as redes seis vezes naquela competição. Em quase seis anos defendendo o Galo, Aílton entrou em campo 264 vezes e marcou 63 gols. Ele também foi campeão mineiro em 1998, 1989 e 1991. - Alberto Escalda/Estado de Minas

Atlético comunicou, no fim da tarde desta terça-feira, que excluiu do quadro de sócios os torcedores suspeitos de cometerem injúria racial após o clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão. Com isso, Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, e Nathan Siqueira da Silva, de 28, não fazem mais parte do programa Galo na Veia.


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"O Clube Atlético Mineiro informa que os dois torcedores identificados pela Polícia Civil, acusados de praticar injúria racial no clássico do último domingo, pertenciam ao programa Galo na Veia, embora inadimplentes. De qualquer forma, ambos foram desligados do programa de sócio-torcedor do Clube", informou o clube, por meio de nota.

O caso

Após o empate por 0 a 0 no clássico desse domingo, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, as arquibancadas do Mineirão viraram “praça de guerra”. Em meio à confusão, Adrierre Siqueira da Silva se dirigiu ao segurança Fábio Coutinho com menosprezo e disse: ‘Olha a sua cor’. As imagens foram flagradas pelo jornalista Lucas Von Dollinger, da Rádio 98FM. Já o jornalista Fael Lima, da TV Alterosa, registrou o momento em que o mesmo torcedor deu uma cusparada no rosto do profissional.

Irmão de Adrierre, Nathan Siqueira da Silva também é suspeito de ter cometido injúria racial por supostamente ter chamado Fábio Coutinho de 'macaco'. Nathan nega e alega ter dito 'palhaço', não 'macaco'. Os dois pediram desculpas e alegaram que não são racistas. Para isso, utilizaram justificativas como, por exemplo, dizer que têm parentes negros e vão a cabeleireiros negros.


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O caso viralizou nas redes sociais momentos depois do clássico. Nessa segunda-feira, um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar o ocorrido. A pena vai de um a três anos de reclusão e multa.