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Presidente cita ambições e prevê Atlético como referência na América Latina

Em entrevista ao Superesportes, Sérgio Coelho falou sobre finanças, reforços, relação com empresários e planos para o clube, que faz 113 anos nesta quinta-feira

Bruno Furtado João Vitor Marques Túlio Kaizer

Os planos do Atlético são ambiciosos. Em meio à crise financeira internacional provocada pela pandemia de coronavírus, o clube iniciou, ainda em 2020, um significativo processo de reformulação administrativa e no futebol. O aumento nos investimentos - impulsionado pela parceria financeira e de gestão com empresários-torcedores - alçou a equipe ao status de candidato aos principais títulos nacionais. A meta do presidente Sérgio Coelho, porém, vai além-fronteiras: ser referência na América Latina.



O mandatário alvinegro concedeu entrevista exclusiva ao Superesportes nesta quinta-feira, 25 de março de 2021, data em que o Atlético completa 113 anos de história. “Com todo esse trabalho sendo implementado, nós temos certeza que o Clube Atlético Mineiro, num futuro muito próximo, será reconhecido como um dos maiores clubes em gestão na América Latina”, declarou Coelho, que assumiu o cargo máximo da administração atleticana em janeiro, no lugar de Sérgio Sette Câmara.

Ouça a entrevista completa no podcast abaixo, assista no vídeo acima do texto ou leia a íntegra ao fim desta reportagem:

O trabalho é de continuidade, mas com claras diferenças em relação ao antecessor. Sérgio Coelho tem perfil apaziguador e recebeu dos mecenas a missão de fazer um mandato de “coalizão”. As ideias eram claras: evitar a guerra política que ameaçou se iniciar nos meses finais do mandato de Sette Câmara, unir diferentes alas do Conselho Deliberativo e tocar o audacioso projeto financiado pelos empresários Rafael Menin, Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães. O grupo dos ‘4 R’s’.

“Eles têm nos apoiado. Se não fosse por eles, nós estaríamos numa situação complicadíssima. A situação estaria bastante complicada, pelo fato de que as receitas caíram pela metade. Imagine um clube que perde 50% das suas receitas e mantém as despesas sem desconto nenhum. Então, existe um desequilíbrio matemático, que é fácil de ser compreendido. E se não houver algumas ações e ajudas, seria muito complicado”, admitiu o mandatário.



Planos para o futuro


Sérgio Coelho busca mandato de "coalizão" no Atlético, com apoio de empresários e conselheiros - Foto: Bruno Cantini/Atlético

A dependência dos empréstimos da família Menin para pagar dívidas, salários e contratações preocupa, embora sejam contraídos com condições muito melhores que a média do mercado. Por isso, o clube vai apresentar em breve o planejamento estratégico para os próximos cinco anos. Nele, serão estabelecidas metas esportivas e financeiras para efetivamente alçar o Atlético ao patamar de protagonismo desejado.

“Será detalhado o nosso plano de trabalho para os próximos cinco anos. Esse planejamento não é para daqui um ano resolver a situação. É um planejamento para daqui a cinco anos, sendo corrigido anualmente, com um tempo a mais no futuro e com o objetivo de quitar dívidas e, ao mesmo tempo, ser um time protagonista”, disse.

E, para ser protagonista em campo, o Atlético não descarta contratar mais. Ao longo da entrevista, o presidente revelou que ainda aguarda a avaliação do elenco pelo técnico Cuca, mas não descartou a chegada - e a saída - de um zagueiro. Cria da Cidade do Galo, Jemerson é um dos nomes que agradam. Mas tudo dependerá da dinâmica do mercado.



Leia, na íntegra, a entrevista exclusiva do presidente Sérgio Coelho ao Superesportes:


Superesportes: Este é um ano importante para o clube pelo investimento que foi feito e a expectativa é por títulos. Qual a maior ambição do presidente Sérgio Coelho?

Sérgio Coelho: Para a gente conseguir nossas ambições, achamos que seria necessário reforçar um pouco o time. Há um ano, o clube começou a reformular o plantel. Ao meu ver, foram contratações bem feitas. Uma ou outra não deu certo. Mas, pela quantidade de contratações, o trabalho foi muito bem feito pela diretoria que me antecedeu, juntamente com o treinador Sampaoli.

Quando assumi o Atlético em janeiro, precisávamos de alguns reforços pontuais, como na lateral esquerda, que só tínhamos o Arana, e trouxemos o Dodô. Acreditamos que ele será um grande reforço, já tem demonstrado isso. No meio-campo, trouxemos o Nacho, que estreou muito bem. E lá na frente o Hulk, um grande atleta que vai nos ajudar muito. É possível que possam vir mais um ou dois jogadores. Mas, se vierem, serão jogadores que somarão muito no grupo. 

O futebol é ganhar títulos, ser protagonista em todos os campeonatos. Ganhar títulos não é fácil, tem muitos concorrentes de alto nível, mas nos colocamos como um clube que vai brigar na cabeça. Esperamos que a gente seja campeão e tudo dê certo neste sentido. 

A segunda missão é tornar o Atlético o clube de melhor gestão da América Latina. Nós temos esse propósito, estamos trabalhando duramente para fazer o nosso primeiro Galo Business Day, que será um evento muito importante, bacana, onde apresentaremos o nosso organograma, com todos os diretores contratados. Foi um trabalho feito junto a uma das maiores consultorias do mundo, a Ernst & Young. Apresentaremos também os nossos resultados de 2020, com muita transparência. No final, apresentaremos o nosso planejamento estratégico. 

Com todo esse trabalho sendo implementado, nós temos certeza que o Clube Atlético Mineiro, num futuro muito próximo, será reconhecido como um dos maiores clubes em gestão na América Latina. Tenho certeza disso e vamos trabalhar incansavelmente atrás desse objetivo. 

SE: Atualmente, quais são os grandes concorrentes do Atlético no futebol brasileiro?

SC: Às vezes os concorrentes aparecem, surgem, mas nem sempre são aqueles que a gente aponta. Mas hoje temos alguns clubes que têm elencos muito bons, como são os casos do Palmeiras, do São Paulo, que está se reforçando muito, o Grêmio, que se propôs a reforçar, e já era um grande time. O próprio Internacional, o Flamengo, o Santos, que está sempre disputando títulos. São inúmeros times que vamos disputar com eles na cabeça. Temos que nos preparar para que façamos um trabalho diferenciado e melhor do que nossos concorrentes. E isso a gente tem feito. 

A gente tem trabalhado muito no futebol com nosso novo diretor, o Rodrigo Caetano, que é uma pessoa fantástica em todos os sentidos, um profissional de alto nível. Acreditamos que a contratação do Cuca foi o melhor que a gente podia fazer, era o melhor treinador que a gente poderia trazer no momento, um treinador alinhado com nossos pensamentos e planejamentos, gosta de trabalhar com a base. 

Estamos fazendo um futebol que é muito importante ter o salário em dia. Estamos cumprindo o pagamento, tanto de CLT quanto de imagem. É uma obrigação, sabemos disso. Mas, pelas dificuldades, nem todos os clubes conseguem. Estamos fazendo tudo que é possível para ter um ano dourado. 

E isso com o total apoio do nosso grupo de trabalho, todos os nossos diretores, o meu vice-presidente, José Murilo Procópio, que está sempre ao meu lado me ajudando. E não posso deixar de destacar os ‘4 R’s’: Rubens Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e Rafael Menin. São pessoas que estão me ajudando muito. A gente toma as decisões em um sistema colegiado, está funcionando muito bem e estamos muito felizes pela forma que estamos gerindo o clube. 

SE: O Atlético hoje está acima dos rivais mineiros. Acredita que o clube terá hegemonia no futebol local nos próximos anos?

SC: O mais importante é o seguinte: o Atlético trabalhar para que esteja bem, trabalhar para que sejamos um dos maiores clubes em gestão e protagonista no futebol da América Latina. Independente de ser uma concorrência local, o Atlético e eu, particularmente, respeitamos muito os nossos adversários aqui de Minas Gerais, assim como do Brasil inteiro e da América Latina. O futebol dá muita volta. O Atlético viveu há alguns anos momentos difíceis e hoje está bem.

Cabe a mim aqui dizer que o Atlético está muito preocupado com ele mesmo, para que ele seja cada dia mais um clube vitorioso, de uma gestão altamente profissional, adotando todas as boas práticas de gestão para que a gente deixe uma estrutura forte fora de campo e, dentro de campo, os nossos atletas possam dar o resultado que a gente precisa.



SE: Qual o impacto dos novos reforços na folha salarial do Atlético?

SC: Fizemos uma troca. Emprestamos muitos jogadores recentemente. Todos os jogadores que precisaram ser emprestados, que não seriam utilizados, a gente emprestou. Isso desonerou a folha. Se considerarmos que, em janeiro, nós tínhamos uma comissão técnica e um plantel, nós desoneramos essa folha fazendo algumas mudanças, contratamos uma nova comissão técnica, contratamos jogadores e emprestamos outros... O que se pagava em janeiro é o que se paga hoje, sem aumento nenhum.

Mas não conseguimos diminuir. E precisamos diminuir. Pode ser que, ao longo de 2021, a gente mude algumas peças, faça algumas mexidas para diminuir. Está dentro do nosso planejamento estratégico. O que posso garantir é que não houve aumento na folha salarial do início de janeiro para hoje.

SE: O senhor pode revelar essa folha atual, presidente?

SC: Falar em números publicamente eu acho que não convém para o clube. Eu prefiro deixar para discutir junto com os conselheiros, junto com a minha diretoria, porque é um assunto muito particular. Números são um assunto muito particular das empresas e é também no Atlético.



SE: Com a chegada de Cuca, as prioridades do Atlético no mercado ainda são a busca por um zagueiro e um volante? Esses novos reforços chegarão antes do início da Copa Libertadores?

SC: Como eu havia falado anteriormente, o Atlético tem grandes zagueiros, estamos muito felizes com eles. Mas é possível que um ou dois desses zagueiros saiam agora, por causa de propostas que podem vir. Já houve algumas consultas. Saindo um ou dois zagueiros, é preciso que a gente reforce.

Nós temos um zagueiro no júnior que acreditamos que podemos contar com ele. Mas, havendo a saída de um ou dois zagueiros, é preciso que traga alguém. Se aparecer algum zagueiro disponível no mercado e que venha para ser um grande reforço, a gente fica atento. Temos dois zagueiros na base: um é o Hiago Ribeiro, que está machucado. O outro, que estou falando, é o Micael.

E, na questão do volante, estamos hoje com nove jogadores no meio-campo, que devem disputar três posições no meio-campo, isso depende da escalação do treinador. E temos a grata surpresa de um volante novo da base, que está se destacando muito, que é o Neto, um garoto muito novo e que a gente pode contar com ele.



A gente fica esperando a avaliação do treinador para depois a gente tomar as medidas que achamos adequadas. Mas sabemos que temos um plantel muito bem reforçado. Esse é o pensamento do presidente, não do treinador, porque ainda não conversei com ele, mas nosso plantel, hoje, não precisaria de reforços. Se vier algum, será por essas razões que estou dizendo.

SE: Pode revelar quais zagueiros foram procurados por outros clubes?

SC: A gente não recebe só de um, recebe de quase todos, mas nada oficial, é uma especulação muito grande. Mas, como a gente sabe que zagueiro hoje é uma posição que está escassa, uma posição que subiu um pouco de grandes ofertas, de jogadores com potencial de ser titular de time tão grande como o Atlético, a gente sabe que pode ter algumas propostas. É apenas um pressentimento, nada oficial.

SE: Jemerson, do Corinthians, é um nome que interessa para a zaga?

SC: O Jemerson é um grande zagueiro, que tem uma idade muito boa, tem 28 anos. Hoje, ele é um jogador do Corinthians. Acredito que a preferência seja do Corinthians, para renovar. Não sei se o fará. Tem também a janela agora no meio do ano, que a gente tem que esperar para ver como vai ser a procura de clube europeu por ele.



É um zagueiro que nos agrada, mas vamos fazer à medida que a gente ver que vai ser preciso realmente trazer esse zagueiro, devido às condições de saída de um ou dois zagueiros nossos. Estamos aguardando os movimentos para ver como a gente vai se movimentar.
Jemerson, do Corinthians, é bem visto pela diretoria do Atlético - Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

SE: Nas contratações de jovens jogadores, os parceiros do Atlético serão "ressarcidos" no ato da venda de cada um deles. Mas como funciona o acordo com os mecenas nas contratações de jogadores mais experientes, como Nacho e Hulk, que não darão esse retorno em negociações futuras?

SC: A dívida do Atlético com a família Menin é uma dívida em que o Atlético não paga juros, nem correção monetária, e nem tem um prazo pré-fixado para ser pago, independentemente se o dinheiro que veio através deles foi para pagar uma folha de pagamento ou se foi para comprar um jogador.

Quanto aos jogadores como o Nacho e o Hulk, por exemplo, o que a gente espera desses jogadores é um retorno técnico, um retorno de futebol. Não vamos achar que seria fácil a gente fazer um time competitivo só com garotos novos.



A gente precisa de alguns jogadores com mais tarimba, mais experiência, mais encorpados, para disputar os títulos. Esses jogadores, no nosso entendimento, vão valorizar muito os jovens, vão ajudar os jovens a crescerem. Aí, sim, nós podemos valorizar o muito o nosso plantel tendo esses jogadores mais diferenciados e já numa idade com mais experiência, pois vão trazer junto a eles os mais novos.

SE: Então só para ficar claro: a família Menin empresta dinheiro para o Atlético também nos casos de Hulk e Nacho, por exemplo, e, ‘quando der’, o clube os paga?

SC: Hoje, o Atlético está tendo todo esse movimento de contratações. Nós fizemos algumas (em 2021), no ano passado foram muitas. Estamos aí com a folha de pagamento em dia. Tudo isso que a gente tem feito, tenham certeza que é porque a família Menin está dando todo o apoio financeiro, inclusive para pagar as dívidas da Fifa, que vencem e, se não pagarmos, isso nos cria muitos problemas, muitos transtornos.

Eles têm nos apoiado. Se não fosse por eles, nós estaríamos numa situação complicadíssima. Então, o que posso afirmar é que, independentemente se o dinheiro foi para comprar o Nacho ou o Marrony, por exemplo, já que é um jogador novo, o Atlético deve para eles um determinado valor.



E esse valor não tem prazo para ser pago. No momento em que o Atlético puder pagar, nós vamos sentar e acertar com eles. É o nosso propósito, é o propósito do Clube Atlético Mineiro acertar os seus compromissos. Então, acho que dessa forma deixei mais claro.

SE: O Atlético, hoje, sobreviveria sem o apoio dos "4 R’s"? Como seria a situação do clube?

SC: Complicado, situação muito complicada. As receitas, não só do Atlético... Quando falo do Atlético, eu me refiro ao futebol brasileiro e talvez até mundial, que está passando por um momento dos mais complicados nos últimos anos. E são todos os clubes que passam por problemas financeiros, não é só o Atlético. Vamos dizer 90%.

Então, é fundamental esse apoio deles. É fundamental. Se não fosse, a situação estaria bastante complicada, pelo fato de que as receitas caíram pela metade. Imagine um clube que perde 50% das suas receitas e mantém as despesas sem desconto nenhum. Então, existe um desequilíbrio matemático, que é fácil de ser compreendido. E se não houver algumas ações e ajudas, seria muito complicado.


SE: A gente percebe que todos os anos os balanços dos clubes sempre fecham muito ‘justos’, com pouca diferença entre o que arrecadam e o que gastam, mesmo em anos vitoriosos. Com esse balanço sempre muito justo, em que sobra pouco dinheiro, o senhor não teme que o Atlético se torne inviável no futuro ao ter que ressarcir esses parceiros mesmo que seja a médio e longo prazo?

SC: Nós estamos para apresentar o nosso planejamento estratégico. Nele, será detalhado o nosso plano de trabalho para os próximos cinco anos. O Atlético está fazendo algumas ações que são importantes para aumentar as suas receitas. São importantes duas coisas neste momento.

A primeira: aumentar o máximo possível as receitas. E a gente acredita que tendo a Arena MRV, nossas receitas vão melhorar muito. Nós, investindo como estamos investindo na base, também teremos um resultado importante, o que é o grande diferencial: produzir grandes jogadores na base. O time, sendo protagonista dos campeonatos que disputa, vai nos proporcionar uma receita a mais com venda de camisa, com Galo na Veia e diversos outros produtos.

Nós reestruturamos nosso departamento de negócios e marketing, que temos como diretor o Leandro Figueiredo, muito competente. Estavam faltando, no departamento, alguns gerentes, alguns funcionários. Nós contratamos todos para que a gente fomente ainda mais o departamento e aumente as receitas.



Paralelamente, estamos com um trabalho também muito duro para diminuir as despesas em todos os sentidos que vocês imaginarem, porque a gente acha que tudo aquilo que a gente economizar, vai sobrar para a gente investir no futebol e pagar as dívidas.

Esse planejamento não é para daqui um ano resolver a situação. É um planejamento para daqui a cinco anos, sendo corrigido anualmente, com um tempo a mais no futuro e com o objetivo de quitar dívidas e, ao mesmo tempo, ser um time protagonista. Porque se não formos, talvez a gente não consiga os objetivos de uma gestão altamente profissional de pagar as nossas dívidas.

Elas, no meu entendimento, serão pagas se a gente conseguir tudo isso da forma como estou dizendo: levanto o time para cima, fazendo ações que deem uma receita maior para o clube. Mas isso é possível só se tivermos um grande time. Sem isso, a dificuldade será muito maior.



SE: Como foi o processo de decisão para a escolha de Cuca? De que forma o movimento #CucaNão repercutiu internamente? 

SC: Eu, quando pensei no nome do Cuca, foi durante uma conversa com o nosso diretor de futebol Rodrigo Caetano, nós avaliamos toda a situação para trazê-lo. Eu tomei conselho com diversos conselheiros do clube, diversos, diversos, talvez 50, 60 conselheiros, com toda a minha diretoria, com meu vice-presidente José Murilo Procópio, que é um dos maiores juristas e advogados do Brasil, busquei opinião dos 4 R’s.

Achamos que poderíamos trazer o Cuca. Conversamos também com os nossos patrocinadores. Achamos que deveríamos trazê-lo, sim, e tivemos a coragem de trazê-lo. Achamos que fizemos o certo. Estamos convictos de que a vinda dele será muito benéfica para o Atlético.

SE: O conselheiro Virgílio Guimarães propôs a mudança do escudo e do nome do Atlético e disse que levaria essa ideia ao conselho. Essa notícia já repercutiu entre a diretoria ou até mesmo conselheiros mais próximos? Qual sua opinião sobre o tema?

SC: Esse assunto é novo, acho que chegou hoje, salvo engano. E é um assunto muito sensível. Eu não me sinto confortável em emitir nenhum tipo de opinião neste momento como presidente do Atlético por essas razões, por ser um assunto muito sensível, que nos chegou agora. Deixo claro que essa decisão não é do presidente ou da diretoria executiva, mas é uma decisão que é tomada pelo conselho deliberativo. Se essa sugestão do conselheiro Virgílio Guimarães chegar ao conselho, lá será o fórum ideal para que a gente debata e tome a melhor decisão para o Clube Atlético Mineiro.


SE: Qual mensagem o senhor deixaria para a torcida?

SC: Eu agradeço vocês pela oportunidade. Sempre é um prazer atender vocês. A mensagem que deixo para a nossa massa, os atleticanos e atleticanas, é que queremos fazer do Atlético um clube cada dia maior, um clube que seja protagonista dentro de campo e tenha uma gestão admirada e das mais competentes.

Vamos fazer com muita transparência, honestidade, simplicidade, para que nossos objetivos sejam alcançados. Confie em nosso trabalho, porque ele será reconhecido oportunamente com toda certeza. Falo com muita certeza por causa das pessoas que hoje estão no Atlético, que são altamente competentes e comprometidas. Então, tenho certeza que com a ajuda de Deus, nós vamos conseguir nossos objetivos. No mais, fiquem em paz, fiquem com Deus e até breve.