O Atlético informou, nesta terça-feira, que efetuou pagamento parcial ao Goiás pela participação na venda do volante Léo Sena ao Spezia, da Itália. O clube goiano, no entanto, entende que tem direito a um percentual dos direitos do jogador e devolveu, conforme comunicado divulgado pelo Galo, o valor da transferência bancária feita por TED.
Léo Sena foi vendido pelo Atlético ao Spezia no dia 2 de junho passado. O clube mineiro tinha 80% dos direitos do volante, que estava emprestado. Os italianos exerceram a compra, no valor de 1,25 milhão de euros, cerca de R$ 8,1 milhões, que será quitado em duas parcelas. O Galo permanece com 10% do atleta.
O Atlético fez a transferência bancária referente aos 20% a que o Goiás teria direito. O clube goiano, porém, entende que teria que manter percentual dos direitos e não receber por parte da transação. A discordância entre as partes permanece, já que o alvinegro considera que está amparado pelo contrato firmado e a legislação vigente.
O Goiás alega que deveria participar das reuniões envolvendo a transferência de Léo Sena. De acordo com o clube esmeraldino, cláusulas contratuais mostram que era obrigação do Atlético incluir os diretores do time do Centro-Oeste em todas as tratativas. Os goianos ainda notificaram o Galo e o Spezia sobre o fato e ameaçou entrar com ação na Fifa.
No comunicado divulgado no site oficial, o Atlético reforça que agiu dentro do que foi acordado em contrato com o Goiás. O clube informou ainda que está à disposição Esmeraldino para buscar entendimento sobre o caso. Leia abaixo:
"O Clube Atlético Mineiro afirma ter convicção dos atos que praticou, tanto do ponto de vista jurídico quanto moral, e seguirá firme nesta defesa.
Não obstante, o Galo informa que está à disposição do Goiás para os esclarecimentos que se fizerem necessários.
A atual gestão do Clube Atlético Mineiro tem se notabilizado pela transparência e pela busca incessante do saneamento financeiro da instituição. Para isso, tem como princípio o cumprimento de seus compromissos nos prazos estabelecidos, mesmo aqueles que não foram firmados neste mandato."