O América, que vinha de três jogos sem derrota com Adilson Batista – venceu Internacional (2 a 1), Santos (1 a 0) e empatou sem gols com o Palmeiras -, sofreu o primeiro revés sob o comando do treinador. O Coelho parou nos 21 pontos e foi alcançado justamente pelo Bahia, que no entanto está com um jogo a menos e voltou a ganhar depois de duas partidas sem sair com triunfo. As duas equipes ocupam posição intermediária na classificação da Série A.
O América volta a jogar no próximo domingo, dia 19, quando receberá o Fluminense no Independência, às 19h. O Bahia, por sua vez, terá pela frente o Cruzeiro, na mesma data, às 16h, no Mineirão. O time tricolor ainda vai enfrentar o Ceará, em jogo adiado da 15ª rodada do Brasileiro.
O jogo
Com formação diferente, apostando em um trio de zagueiros, o América congestionou o campo de defesa para atrair o Bahia e puxar os contragolpes. Mas a preocupação excessiva com a marcação provocou uma ineficiência ofensiva no Coelho, que sofreu com a falta de uma referência no ataque. Ruy era o mais adiantado, na teoria, só que ficou isolado e não tinha com quem tabelar. Os laterais, especialmente Carlinhos, pela esquerda, pouco apareceram.
O Bahia não foi ameaçado e se sentiu à vontade para agredir o América. Só que o time tricolor não foi feliz nas conclusões e errou passes em demasia no ataque. Edigar Junio e Gilberto tiveram as melhores oportunidades de balançar as redes, só que erraram nas finalizações. Muito atrás e lento na saída de bola, o Coelho em nenhum momento assustou os anfitriões na etapa inicial. “Trabalhamos bem a bola, marcamos bem, mas precisamos acertar o último passe para fazer o gol”, receitou o lateral-esquerdo Carlinhos, na saída para o intervalo.
O técnico Adilson Batista mudou para o segundo tempo e escalou um atacante de ofício, o jovem Judivan, tirando Wesley. Mesmo com um homem a mais na frente, o América não alterou a postura em campo. Continuou atrás e logo pagou caro pela falta de ofensividade. Aos 9, Vinícius bateu escanteio pela direita, Tiago testou forte, no chão, e João Ricardo defendeu parcialmente. No rebote, Gilberto mandou para as redes: 1 a 0. Alívio para o Bahia, que já era cobrado pela torcida na Fonte Nova.
Adilson esperou alguns minutos para desfazer o esquema com três zagueiros. Aos 18, ele sacou Paulão para a entrada de Renan Oliveira, visando a aumentar o poder de fogo. Antes, Ruy, em chute de fora da área, assustou Anderson, que mandou a escanteio. O Coelho se soltou um pouco, mas de forma tímida. O Bahia teve a posse de bola e mais espaço para atacar. Com Nino Paraíba no lugar de Bruno, Enderson Moreira queria aproveitar os avanços de Carlinhos.
As substituições não surtiram efeito, pois o América continuou inofensivo na frente. E ainda errou muitos passes na transição entre defesa, meio-campo e ataque. Judivan, isolado, foi anulado e entrou pouco inspirado, assim como Renan Oliveira. A última cartada de Adilson Batista foi Matheusinho, que ocupou a vaga de Gérson Magrão. No fim, João Ricardo evitou o segundo gol ao defender chute de Vinícius, que invadiu a área sem marcação. Não foi a noite dos atacantes, e o Coelho amargou o revés na Fonte Nova.
BAHIA 1 X 0 AMÉRICA
BAHIA
Anderson; Bruno (Nino Paraíba), Tiago, Lucas Fonseca e Léo; Flávio, Elton, Zé Rafael (Régis), Vinícius, Edigar Junio e Gilberto (Élber)
Técnico: Enderson Moreira
AMÉRICA
João Ricardo; Paulão (Renan Oliveira), Matheus Ferraz e Messias; Juninho, Leandro Donizete, Wesley (Judivan), Gérson Magrão (Matheusinho) e Carlinhos; Ruy e Giovanni
Técnico: Adilson Batista
Motivo: 18ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador-BA
Data: sábado, 11 de agosto
Árbitro: Péricles Bassols Cortez (PE)
Assistentes: Clovis Amaral da Silva (PE) e Cleberson do Nascimento Leite (PE)
Público: 7.422 pagantes (19.100 no total)
Renda: R$ 375.746
Cartões amarelos: Tiago (BAH); Wesley, Renan Oliveira, Leandro Donizete (AME)
GOL: Gilberto, 9min do 2ºT