O vice-presidente de futebol do clube, Gustavo Noronha, oficializou a demissão, em entrevista coletiva, após uma reunião que durou mais de uma hora e meia com a diretoria.
"O Botafogo precisa de uma reação no campeonato. Nossa sequência é muito negativa no segundo turno. Ocorreu um consenso que neste momento a gente precisava de uma mudança. Vamos com calma buscar um profissional que esteja adequado com nossa forma de jogar e também respeitando nossa situação financeira", explicou o dirigente.
Auxiliar-técnico permanente, Bruno Lazaroni deve dirigir o time interinamente contra o Goiás, na quarta-feira, pelo Brasileiro, novamente no Engenhão. O adversário, ao contrário do time carioca, vem em alta com quatro vitórias seguidas.
Barroca foi contratado em abril, quando comandava a categoria Sub-20 do Corinthians, para substituir Zé Ricardo. O começo do jovem treinador na equipe foi animador.
O comandante deixa o Botafogo com dez vitórias, três empates e 14 derrotas. O time carioca não vence desde a 18.ª rodada, na qual superou o Atlético por 2 a 1, no 8 de setembro, no Rio.
Depois da derrota no clássico e o péssimo momento que vive o time, os jogadores deixaram o Engenhão sem conversar com a imprensa. Por precaução, a diretoria reforçou a segurança na sede do clube, temendo represálias e protestos das torcidas organizadas. Para o atacante Rodrigo Pimpão, é preciso seguir em frente com o trabalho e acreditar em uma reação no Brasileirão.
"A gente não vai baixar a cabeça. É preciso a ajuda de todos, inclusive a torcida veio e nos apoiou. Todos precisam querer. Cada um tem um caráter e deve ter a consciência de que é preciso melhorar", disse o jogador ainda no gramado, uma vez que os jogadores não estão dando entrevistas na zona mista por causa dos atrasos de salários. No intervalo do jogo, nenhum atleta quis falar com os repórteres.
Com 27 pontos e na 12.ª posição, o Botafogo começa a se preocupar com a parte debaixo da tabela.