Após a acidente, repercutiu bastante a relação entre a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e a LaMia, mas a entidade fez questão de soltar um comunicado no qual diz que não pede a seus filiados que usem a empresa boliviana em seus transportes“Entre as atividades de organização logística que a confederação faz para realizar torneios não está incluída a coordenação de nenhum tipo de transporte (aéreo, terrestre ou marítimo), assim como a recomendação de provedores de nenhum tipoAssim, desmentimos os rumores neste momento de tanta dor”, disse.
O Coritiba, por exemplo, recebeu uma oferta da LaMia para levar a equipe do Brasil até a Colômbia, quando o time enfrentou e foi eliminado pelo Atlético Nacional, pela Copa Sul-Americana, no fim de outubroMas a diretoria cotou outras empresas e optou por um voo comercial, que durou 15 horas e teve duas escalas, em São Paulo e BogotáO clube nega que tenha sofrido pressão da Conmebol para escolher a LaMia.
O São Paulo também enfrentou o Atlético Nacional, em Medellín, pelas semifinais da Copa LibertadoresMas o clube garante que nunca foi procurado pela LaMia e usou outra empresa para levar a equipe até a ColômbiaQuando a partida foi realizada, em julho, a companhia aérea não tinha ainda muita inserção entre as equipes brasileiras de futebol.
A Chapecoense, por sua vez, utilizou a LaMia anteriormente para voar até Barranquilla, onde enfrentou o Junior, em outubroNa ocasião, a viagem foi muito tranquila e a empresa aproveitou o contato que já tinha feito anteriormente para repetir a dose para a decisão da Copa Sul-Americana.
“Quem contratou o voo para Medellín foi o Décio Filho, diretor financeiro que cuidou de tudo, mas ele faleceu junto com a equipe na queda do aviãoEsta empresa tinha tradição em transportar jogadores de futebol, fez isso com vários times da América Latina e sempre tiveram sucessoNão tínhamos motivos para duvidar dissoFizemos a primeira viagem à Barranquilla e deu certo