A centenária rivalidade entre Corinthians e Palmeiras pode ficar de lado na última rodada do Campeonato BrasileiroApós muitos pedidos em redes sociais e até desenhos de possíveis uniformes, os diretores do Alvinegro admitiram a possibilidade de o clube entrar em campo com uma camisa verde diante do Cruzeiro, no dia 11 de dezembro, no Mineirão, em homenagem aos profissionais da Chapecoense mortos no acidente do avião que levava a equipe a Medellín.
“Por mim, joga de camisa verde, calção verde e meião verde”, afirmou o diretor de futebol do clube, Flávio Adauto, preferindo não cravar a utilização do figurino antes de conversar tanto com os catarinenses quanto com os cruzeirenses para acertar detalhes esportivos com relação ao tema.
“Mas tem um problema que é ter dois uniformes, tratativas com adversário, patrocinadorComo é tão recente, surgiram ideias, vimos modelos feitos, camisa branca com distintivo do Corinthians, ao centro o da ChapeO que for melhor para o momento, que significar alguma forma de homenagem, estaremos presentesA cor é o menos importante neste momento”, continuou Adauto, que teve a opinião corroborada pelo gerente de futebol, Alessandro.
“Não consigo olhar para cor neste momento, estou olhando para dor, para os amigos que eu perdi, alguns até de campoNão consigo enxergar essa rivalidade implicando numa corEsse acidente trágico onde eu perdi um ex-companheiro de campo, amigos, dirigentes, parceiros, olhando aí tudo que eles estão passandoNão existe rivalidade que possa estar à frente de tudo issoÉ o momento de todos estenderem a mão, tem que continuar estendendo a mão para tudo que mobilizar isso ai”, avaliou.
Na avaliação dos dirigentes, apesar da tradicional aversão em utilizar a cor que remete ao arquirrival, proibida, por exemplo, em evento das torcidas organizadas, os aficionados têm se manifestado mais a favor de homenagem à Chape do que contra a oportunidade de usar verde.
“Os torcedores são inteligentesA gente às vezes perde até a racionalidade pela paixão, mas eu não vi ninguém colocando isso como uma questão de dificuldadeO Corinthians tem mais de 100 anos e a rivalidade vai continuar a mesma