Em novembro de 2016, a Chapecoense fretou uma aeronave da companhia aérea boliviana LaMia para sair de Santa Cruz de la Sierra e viajar até Medellín para disputar a final da Copa Sul-Americana. O voo 2933 caiu perto do aeroporto de destino 15 minutos depois de o piloto declarar situação de emergência. O avião bateu em uma montanha e causou a morte de 71 pessoas.
Segundo Albacete, o problema foi que a controladora de voo do aeroporto, Yaneth Molina, recebeu o alerta de emergência, porém deu prioridade de pouso para outra aeronave. Com isso, o avião da Chapecoense não conseguiu aterrissar a tempo e por estar com falta de combustível, se acidentou a poucos quilômetros da chegada.
"Infelizmente a tripulação não insistiu com o controle aéreo e não declarou emergência de antemão. Seguiu fazendo minutos de espera. O outro avião também tinha pedido prioridade, mas não era emergência. O piloto da LaMia sabia a altura da aeronave, mas não sabia onde estava em relação à pista. O que ele fez? Procurou a pista, mas não tinha mais potência. A senhora Molina os matou", disse Albacete.
O dono da companhia aérea reconheceu que a aeronave estava com pouco combustível, porém insistiu que a quantidade no tanque era suficiente para se fazer a viagem. Segundo Albacete, os próprios funcionários da LaMia cometeram o erro de não ter calculado uma quantidade extra de combustível para se ter como reserva em casos de emergência. Para ele, a tripulação "não cumpria exatamente as regras da aviação".
"Havia pouco combustível. Infelizmente, eles (os funcionários) não seguiam as regras aí. Os tripulantes foram intrépidos, audazes. Nesse dia, infelizmente, eu os considero como idiotas", afirmou. "O avião, quando estava a 16 mil pés de altitude poderia chegar, passar por cima da pista e dar uma volta de reconhecimento de voo. Infelizmente, a senhora Yaneth Molina os mandou para as montanhas", completou.