Nesta segunda-feira, um dia após o Santos sair com vida e com o título estadual na decisão com o Palmeiras, o técnico Tite escolheu palavras bem diferentes daquelas proferidas pelo seu centroavante peruano. “Queríamos muito ganhar o Campeonato Paulista, assumo isso de forma pública, e parabenizo o Santos pela conquista”, falou, espontaneamente.
O próprio técnico, no entanto, não deu tanta importância ao Estadual. Três dias antes da semifinal com o Palmeiras, ele desgastou os seus titulares em um confronto com o argentino San Lorenzo, pela Copa Libertadores da América, que não era eliminatório. Viu-se obrigado, então, a poupar os meio-campistas Elias e Renato Augusto diante do grande rival.
Com a derrota nos pênaltis, Tite ganhou tempo para preparar o Corinthians exclusivamente para a Libertadores, inquestionável prioridade do clube. “Ninguém havia jogado mais do que nós no Brasil. Agora, pudemos recuperar alguns jogadores, como Elias e Renato Augusto, que trabalharam coisas mais específicas. Assim como o Guerrero”, lembrou.
Para Tite, o excesso de jogos no primeiro semestre – embora ele tenha utilizado reservas durante boa parte da fase classificatória do Paulista – afastou o Corinthians da glória que o Santos alcançou no domingo. O técnico tem enaltecido a longa invencibilidade no primeiro semestre, que foi abalada com o empate com o Palmeiras e acabou diante do São Paulo, pela Libertadores.
“A gente cresce, cresce, cresce e sofre uma pequena oscilação. Aí, retoma o desempenho. Isso é normal”, avaliou Tite, ainda com o Campeonato Paulista em mente. “A equipe também sentiu por não estar na final. E tem que ser assim. Além de trabalharmos tática e fisicamente, fizemos toda essa reciclagem emocional”, concluiu o gaúcho.