Cruzeiro
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BOLADAS E BOTINADAS

Toró

"O jogo era para ter sido adiado"

postado em 19/02/2019 12:45

Entendo a postura dos treinadores de América e Cruzeiro, que não culparam a chuva pelo clássico um tanto arrastado. Mas a verdade é que ela influenciou. Tanto que o jogo esteve para ser adiado. Tinha a semana toda para chover, a gente até pedia a São Pedro que mandasse um pouco de água, o calor estava terrível, mas não precisava ser no domingo à tarde. Até que a drenagem do estádio funcionou bem, tão bem que drenou parte do futebol das equipes. Principalmente as peças ofensivas estiveram abaixo do esperado. E eu que sempre achei o Raniel ótima opção, começo a pensar se ele não se acostumou a ser opção para o segundo tempo...

Imprevisível
Gosto de ver o Berola em campo. Às vezes, ele parece uma pipa sem rabiola, roda muito e se perde. Mas, quando tem a bola dominada e parte pra cima dos adversários, fintando com autoridade, acaba sendo um espetáculo. É capaz de fintar dois ou três em sequência e ainda finaliza. O futebol precisa de jogadores imprevisíveis, que arrisquem lances atrevidos. O problema é o tempo que ele fica em campo. Talvez fosse boa opção para o segundo tempo, parece ter condição física apenas para 30 minutos.

Muita calma
Já estão criticando o Cruzeiro por ter empatado os dois clássicos que disputou. Começo de temporada, De Arrascaeta se foi, Thiago Neves está se recuperando. E foram dois clássicos, não foram jogos fáceis. É preciso esperar um pouco. O time tem que se ajeitar é para a Copa Libertadores, aí sim, terá de mostrar muito mais.

Fala muito
Sempre ouvi aquela frase “Fulano fala mais que pobre na chuva”. Pois depois do clássico o ditado mudou: “Fulano fala mais que árbitro na chuva”. Tanto durante o período em que a partida estava suspensa pelo toró, quanto durante a disputa, o apitador se mostrou um homem do diálogo. Deve ter saído rouco de campo. É como diz o Orozimbo: “Árbitro não é pra falar, é pra apitar. Por isso, usa apito em vez de megafone”.

Galo líder
O empate entre Cruzeiro e América foi um presentão para o Atlético, que, no sábado, venceu o Tupi usando reservas. Algumas peças começam a mostrar serviço buscando vaga como titular. Bolt, Guga e Zé Welison estão se destacando. Guga vem causando frisson na turma que só enxerga defeitos no Patric. Há certo exagero nas críticas ao Patricão, enquanto outros como Fábio Santos falham e a gente finge que não vê. Isso, de certa forma, deve irritar Levir Culpi. Lembro-me de uma vez em que o Atlético trouxe o lateral Ronildo. Ele foi bem em algumas partidas, tanto que fez 162 jogos pelo Galo. Mas a turma resolveu pegar no pé. Foi aí que o Levir Culpi disse que o Atlético seria Ronildo e mais 10. O futebol do rapaz cresceu e ele fez boas partidas. Não vejo o Patric como craque, mas não o vejo como um jogador descartável. Calma, gente.

Casa da Mãe Joana
O que estão fazendo com o futebol é absurdo. Certos dirigentes se acham acima do bem e do mal. Mais que isso, acham que podem falar qualquer besteira e tudo bem. Meninos mimados, birrentos, falastrões, eles chegam a pensar em excluir o pobre dos estádios. Absurdo sem tamanho. Esta turma que tenta segregar o torcedor humilde e pouco se importa com o entorno dos estádios é a mesma que baixa preço dos ingressos quando seu time está para cair e que procura benefícios do governo alegando que o futebol é um esporte para o povo. Pena que os torcedores às vezes não percebam isso.

Bélico
No entanto, o Rio de Janeiro se superou na arte de torturar o torcedor. Fluminense e Vasco se enfrentariam. Então, o presidente do Flu afirmou que por contrato sua torcida teria que ficar do lado direito do estádio. O Vasco alegou que era mandante e pretendia ocupar o mesmo lado. O caso parou na Justiça que, em vez de definir quem ficaria de um lado ou de outro, proibiu a presença de torcedores. Ou seja, lavou as mãos, sacrificando o torcedor. Em seguida, o Vasco anunciou que pagaria multa, mas levaria seu torcedor ao jogo. Entra em ação o presidente do tricolor carioca e faz um discurso carregado de ódio, convocando seus torcedores para uma guerra. Coisa de gente maluca.

Resumo
A torcida do Vasco comprou ingresso, foi a campo, acabou barrada, levou bomba de gás, tiro de borracha e só entrou no estádio depois de 30min do primeiro tempo. Quem estava em casa, ficou sabendo que poderia entrar, foi às pressas para o Maracanã e, quando chegou, viu que haviam novamente fechado os portões. Um crime contra torcedores, contra o futebol, contra o bom senso.

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